A Teoria do Estado de Bourdieu e o não-Lugar do refugiado
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i39.39626Palabras clave:
Estado. Poder Simbólico. Refugiados.Resumen
O objetivo deste artigo é refletir acerca dos conceitos e da organização do Estado, conforme o teórico Pierre Bourdieu (1996), a fim de problematizar as razões que embarreiram a assimilação das pessoas em situação de refúgio pelo Estado receptor. Conforme o autor (1989), o Estado é uma organização política que se pretende homogeneizadora, de tal forma que os cidadãos são criados sob a influência de um poder simbólico dominante do qual se apropriam e o qual reproduzem. O capital simbólico cria estruturas cognitivas de forma homogênea implicando em uma identificação entre seus cidadãos e numa exclusão dos atores externos, onde se encaixam os refugiados. Tem-se como hipótese que o refugiado rompe com os pressupostos filosóficos próprios de seu Estado receptor, pois não fora criado segundo suas normas, não reconhece seu poder simbólico e não se encaixa nos seus padrões burocráticos de funcionamento, resultando assim em um desafio à lógica estatal.
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