O direito de ouvir e de contar histórias, compartilhar memórias e recontar a História
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i20.19861Palabras clave:
Contador de histórias. Memória. Direitos humanos.Resumen
Apresento neste artigo reflexões a cerca da memória, da história e do direito de ouvir e de contar histórias. A História e a memória são Direitos Humanos? Será o conhecimento do passado, do presente e do futuro, um direito dos homens e dos diferentes grupos sociais? Procurei responder a estas questões com voz e visão de uma contadora de histórias que estudou para também tornar-se uma contadora da História. Estas reflexões partiram da pesquisa realizada para a elaboração da dissertação: “Quem conta um conto, aumenta um ponto: contadores de histórias no Distrito Federal (1991 a 2011). Conforme diz Walter Benjamin (1994): “Só é possível contar se houver uma comunidade de ouvintes”, pois contar e ouvir fazem parte da palavra, como explica Hassane Kouyaté: “A palavra pertence metade a quem fala e metade a quem ouve ”“ assim se faz a palavra”. O contador de histórias é um personagem que pode ser encontrado nas entrelinhas, nas lacunas da história oficial que pouco valor deu aos sujeitos anônimos e secundários. Todas as pessoas têm direito de ouvir e de contar histórias, compartilhando suas memórias e recontando a História.
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