O liberalismo do Primeiro Reinado: uma análise das ideias liberais de João Maria da Costa (1826)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i33.23553Keywords:
Imprensa. Primeiro Reinado. Intelectuais. Periódicos.Abstract
O processo de independência do Brasil foi marcado por um intenso alargamento dos espaços públicos. Entusiasmados pela recém conquistada liberdade de imprensa e conscientes do momento singular na construção da nação, diversos redatores iniciaram sua participação na cena pública através de periódicos e panfletos. Nesse contexto, formou-se uma elite intelectual brasileira que em seus escritos construiu linguagens políticas, modificou o significado de conceitos e se mobilizou para defender os mais distintos projetos políticos. Incluído nesse processo está o redator João Maria da Costa e seu jornal Atalaia da Liberdade. Publicado em um momento em que o governo de D. Pedro I estava em seu ápice, se destacando na repressão à imprensa e aos opositores políticos, a derrota da Confederação do Equador e o fechamento da Assembleia Constituinte, João Maria foi uma das principais vozes de oposição ao ministério do Imperador. Defendendo o exercício pleno da liberdade pelos cidadãos brasileiros, a abolição imediata da escravidão e até mesmo o início de um governo federalista/republicano no Brasil, João Maria atraiu para si a ira dos governistas e chegou a ser agredido fisicamente. Essa pesquisa busca, através do periódico Atalaia da Liberdade, resgatar o discurso liberal de João Maria no Primeiro Reinado.
Downloads
References
BASILE, M. O. (2004). O Império em construção: projetos de Brasil e ação política na Corte Regencial. Tese de Doutorado em História Social. Rio de Janeiro: I.F.C.S. - UFRJ.
CARVALHO, J. M. (1980). A Construção da Ordem. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.
CARVALHO, J. M. (1998). Escravidão e Razão Nacional. Em J. M. Carvalho, Pontos e Bordados: escritos de história e política. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
DOLHNIKOFF, M. (2005). O Pacto Imperial: origens do federalismo no Brasil.São Paulo: Globo.
FONSECA, S. C. (2005). A América como um Conceito: contribuição para o estudo da imprensa republicana fluminense e pernambucana entre 1829 e 1832. (F. A. Gusmão, & C. d. Diplomática, Eds.) Cadernos do CHDD, IV(numéro especial).
GUERRA, F.-X., & Lempériére, A. (1998). Los Espacios Públicos en Iberoamérica: ambiguidades y problemas. Siglos XVII-XIX. México: Fondo de Cultura Ecônomica-Centro Francês de Estudios Mexicanos y Centroamericanos.
HABERMAS, J. (2003). Mudança Estrutural da Esfera Pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
HUNT, L. (2009). A Invenção dos Direitos Humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras.Liberdade, A. d. (3).Liberdade, A. d. (3).
NEVES, L. M. (2003). Corcundas e Constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: REVAN, FAPERJ.
PEIXOTO, A. C. (2001). Liberais ou conservadores? Em L. Guimarães, & M. Prado, O liberalismo no Brasil Imperial: origens, conceitos e prática. Rio de Janeiro: Editora REVAN.
POCOCK, J. G. (2003). Linguagens do Ideário Político. São Paulo: EDUSP.
PRADO, M. E. (2001). Ordem Liberal, Escravidão e Patriarcalismo: as ambiguidades do Império do Brasil. Em L. M. Guimarães, & M. Costa, O Liberalismo no Brasil Imperial.Rio de Janeiro: REVAN.
REIS, A. F. (jun/dez. de 2015). Entre Smith e Quesnay: o debate econômico entre Plancher e Chapuis no Rio de Janeiro (1826). Revista Escritas, 7(2), 176-193.
REIS, A. F. (2016). “Anarquistas” e “servis” : uma análise dos projetos políticos do ano de 1826 no Rio de Janeiro.Vitória: Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas - UFES.
ROCHA, A. P. (2000). Ideias antiescravistas da ilustração na sociedade escravista brasileira. Revista Brasileira de História, 20(39), 37-68.
SCHWARZ, R. (2001). As Ideias Fora do Lugar. São Paulo: Companhia das Letras e Penguim.
SMITH, A. (1996). A Riqueza das Nações: investigações sobre sua natureza e suas casas. São Paulo: Nova Cultural.
YOUSSEF, A. E. (2011). Imprensa e Escravidão: política e tráfico negreiro no Império do Brasil. São Paulo. (Rio de Janeiro, 1822-1850). 2011. 300 f. Dissertação (Mestrado emHistória) ”“ Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).