O ensino da língua tukano que não fala

Auteurs-es

  • Silvio Sanches Barreto

DOI :

https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v10i1.32547

Mots-clés :

saberes, lígua, fortalecimento, psicopedagogia

Résumé

Este texto convida a reflexionar sobre o ensino da língua materna para a criança indígena enquanto ser em formação pertencente a uma etnia. O objetivo foi de analisar o processo histórico do funcionamento e a pedagogia de ensino no município de Manaus. O referencial teórico desta pesquisa foi embasado no teor dos direitos indígenas e direitos fundamentais segundo a Constituição Brasileira de 1988, no que se refere ao artigo 231. O conjunto da legislação nacional dispõe a respeito do direito dos povos indígenas a uma educação diferenciada, para que os povos originários mantenham sua cultura viva, de forma articulada e planejada com órgãos governamentais das três esferas de governos. Quanto à metodologia,foi adotada uma abordagem qualitativa com pesquisa de campo, utilizando questionário fechado e entrevista semiestruturada. Os resultados apontam que os Centros Municipais funcionam de modo irregular, mas precisa-se ser revisto o ensino da língua tukano para não continuar o ensino da língua materna que não fala. Quando chega certa idade, tem vergonha e chegou uma conclusão aproximada ou equivocada de que somente os adultos que valorizam sua cultura, mesmo estando longe das aldeias e fora de suas origens, mantém a cultura viva, mesmo no contexto urbano. Uma situação preocupante para a próxima geração urbana, uma geração de ouvintes, mesmo sendo filhos dos próprios falantes. A língua é um dos elementos culturais para afirmação de identidade, para a unidade social.

 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ALMEIDA, Alfredo W; DOS SANTOS, Glademir Sales. Estigmatização e Territorio. Mapeamento situacional dos indígenas em Manaus, 2008.

Artigo 231 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Artigo 78 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96

Artigo 79 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96

Artigo 23 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96

BERNAL, Roberto J. Ãndios Urbanos. Processo de reconformação das Identidades Étnicas Indígenas em Manaus, EDUA, Faculdade Dom Bosco, Manaus/Am, 2008.

Decreto nº 1.394, de novembro de 2011. Cria escolas indígenas e o reconhecimento da categoria de professores indígenas no sistema de Ensino Municipal no âmbito do município de Manaus. Diário Oficial do município de Manaus, 30/11/2011. Manaus, 2011.

Diretrizes Pedagógicas da Educação Escolar Indígena do Município de Manaus, Manaus, 2017.

Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena, Brasília: MEC/SEF; Comite Nacional de Educação Escolar Indígena, 1994.

ELIADE, Mircea. Mito e realidade. Editora Perspectiva S. A, São Paulo, 1972.

GRUPIONI, L. Donisete B. Olhar longe, porque o futuro é longe. Cultura, escola e professores indígenas no Brasil, São Paulo, 2008.

HOBSBAWN, Eric & RANGER, Terence (Orgs.) A invenção das tradições. ”“ Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, pp.9-23.

Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), 1996.

MAIA, Marcus. Manual de linguística: subsídios para a formação de professores indígenas na área de linguagem. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006.

MARCONI, M. de Andrade; LAKATOS, Eva M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo Editora Atlas S. A- 2003

MELIÀ, Bartomeu. Educação indígena e alfabetização. Edições Loyola. São Paulo, 1979.

Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas RCNEI, Brasília: MEC/SEF, 2005, p. 535

Parecer 14 do Conselho Nacional da Educação/PNE ”“ Diretrizes Nacionais para o funcionamento da Escolas Indígenas, 1999.

Pastoral Indigenista ”“ Arquidiocese de Manaus. Entre a aldeia e a cidade, Manaus-Amazonas, 2000.

Plano nacional de Educação (PNE) Lei nº 10.172/2001.

Resolução 03 do Conselho Nacional de Educação/PNE ”“ Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Escolar Indígena, 1999.

RUBIM, Altaci C. Identidade dos professores indígenas e professores territorialização/Manaus-Am, Dissertação de Mestrado, 2011.

SANTOS, Jonise N. Educação Escolar Indígena no município de Manaus (2005-2011). Dissertação (mestrado) ”“ Universidade Federal do Amazonas. Manaus, 2011.

VIEIRA, J. Guilherme Silva. Metodologia de Pesquisa Cientifica na Prática. Pós-Graduação. Módulo básico, FAEL, Paraná, 2012.

MARFAN, Marilda A (Org.). Congresso Brasileiro de qualidade na educação: Formação de professores. Educação Escolar Indígena. Volume 4, Brasília, 2002; Painel 5 Educação Escolar Indígena: Luis Donizete Grupioni: Do nacional ao local, do federal ao estadual: as leis e a Educação Escolar Indígena.

Téléchargements

Publié-e

2020-07-14

Comment citer

SANCHES BARRETO, Silvio. O ensino da língua tukano que não fala . Das Questões, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 68–86, 2020. DOI: 10.26512/dasquestoes.v10i1.32547. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/dasquestoes/article/view/32547. Acesso em: 23 nov. 2024.