A recepção paradoxal de Milan Kundera no Brasil sob a ótica da Epistemologia do Romance
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v32i63.51293Palavras-chave:
Epistemologia do Romance, Milan Kundera;, Recepção, Política, LiteraturaResumo
A Epistemologia do Romance demonstra especial interesse por autores que apresentam como resultado da criação obras oriundas de um gesto reflexivo cujas entrelinhas dizem ao leitor ser o romance literário uma construção estética orientada, não somente pela inspiração sensível, mas também pelo trabalho e pela consciência objetiva do escritor. Para a Epistemologia do Romance, tanto o labor quanto a reflexão serão mensurados e desenvolvidos no espaço ficcional conforme as intencionalidades do romancista. Ao retomar uma das proposições basilares que orientam os estudos epistemológicos do romance quanto ao exercício teórico-crítico frente às narrativas literárias – um olhar atento sobre a racionalidade e a intencionalidade do escritor -, encontro condições de expor aqui uma tentativa de dar conta de um longo percurso de pesquisa que fez do escritor tcheco Milan Kundera uma importante referência literária e teórica no âmbito dos trabalhos de pesquisa da Epistemologia do Romance. Para dar conta das reflexões pretendidas parto especificamente das controvérsias acerca da recepção kunderiana no Brasil.
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