“Carioca”, de Chico Buarque:
olha o Rio, olha o Rio, quem vai querer?
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v32i62.48830Parole chiave:
Reificação, cordialidade, neoliberalismo, arbítrioAbstract
O trabalho apresenta uma análise da canção “Carioca”, lançada por Chico Buarque como parte do álbum As Cidades, de 1998. Argumenta-se que haveria certa sinuosidade em seu eu cancional que indicaria um gozo a partir da transformação de pessoas em mercadoria. Entre o pregão de rua e a prostituição de menores, a faixa de Chico estaria imiscuída profundamente nessas tensões, o que justificaria uma leitura mais cuidadosa dessa forma estética, que seria menos transparente que aparenta.
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