Escrever uma história libertadora sem rejeitar o borbulhar da modernidade: a busca impossível de Germano Almeida
Palavras-chave:
Historiografia. Metaficção. Pós-modernismo.Resumo
Este artigo visa a interrogar a tensão que se manifesta nos romances de Germano Almeida entre a vontade de dar forma à experiência histórica cabo-verdiana e o desejo de participar das atuais tendências estéticas da literatura mundial. A reflexão terá por base A morte do ouvidor, uma obra em que o autor coloca no centro da narrativa o acontecimento ocorrido na Ribeira Grande dos meados do século XVIII, que evoca seu título. Procuramos mostrar que apesar da forma estilhaçada da narrativa, Germano Almeida ambiciona participar da configuração da identidade de um país cujos recursos económicos insuficientes obrigam mais que qualquer outro a marcar posição no atual mundo globalizado.
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