A estética dissonante de Augusto dos Anjos
Palabras clave:
Melancolia e literatura; Dissonância literária; Pré-modernismo brasileiroResumen
O traço mais saliente da poesia de Augusto dos Anjos é a dissonância fonossemântica, que se traduz, entre outros recursos, pela segmentação do estrato fônico, pelo uso de um léxico anticonvencional, “apoético”, e por uma imagística orquestrada no sentido de surpreender o leitor. Estas características são o reflexo de um conflito sobretudo moral, determinado pela melancolia conseqüente ao sentimento de culpa. O poema “Apóstrofe à carne” é um dos que melhor revelam o drama do eu lírico angelino, que vê na morte, ao mesmo tempo, o efeito da incriminação que atinge a espécie humana e a esperança de que, depurada a nossa culpa original, venha a surgir um homem novo.
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