Mito, iniciação onírica e cinema na narrativa mẽhĩ
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i64.53223Palavras-chave:
ficção especulativa, cosmologias indígenas, Krahô, cinemaResumo
Análise comparativa e interpretativa do mito de iniciação xamânica Krahô descrito pelo pajé Domingos Crate, com o imaginário indígena presente nos longas metragens "Chuva é cantoria na aldeia dos mortos" (2018) e "A flor do buriti” (2023), ambos dirigidos por Renée Nader Messora e João Salaviza. A partir de imersão na comunidade Krahô, realizamos uma crítica e um paralelo entre a vida onírica e iniciática dos Krahô e a ficção cinematográfica.
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