Configurações Espaciais:
Intersecções de Raça, Gênero e Discursos Emancipatórios em Paraíso, de Toni Morrison
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v32i61.45866Palavras-chave:
Espaço, raça, paraíso, gênero, espaços emancipatórios;Resumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma análise das configurações espaciais no romance Paraíso, da escritora afro-americana Toni Morrison. A autora apresenta, a partir dos espaços de Haven, Ruby e o Convento, a busca de uma comunidade negra por um paraíso livre de discriminações de raça, no qual a comunidade pudesse prosperar. Ao apresentar espaços voláteis, que configuram-se e reconfiguram-se durante a narrativa, experienciando e reproduzindo opressões, Morrison subverte e questiona o conceito de paraíso presente no imaginário norte-americano, bem como o proposto pela comunidade negra que funda a cidade de Ruby. Morrison propõe, a partir da criação do espaço feminino do Convento, a possibilidade de um espaço emancipatório negro, que valoriza espiritualidades e identidades alternativas, e apresenta-se como um espaço onde o grupo de mulheres pode compartilhar seus traumas e curar-se coletivamente.
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