HEGEL E MARX SOBRE O PATRIARCADO: NATURALIZAÇÃO E RUPTURA

Autores

  • Ana Aguiar Cotrim UnB
  • VERA COTRIM CEFET - MG

Palavras-chave:

K. Marx. G. W. F Hegel. Natureza. Família. Relação homem-mulher.

Resumo

Este artigo aborda as concepções de Hegel e Marx sobre a relação homem-mulher e a família, em conexão com as suas visões sobre a natureza, a sensibilidade, os desejos e as paixões. Temos a intenção de demonstrar que 1) o sentido positivo e imutável que Hegel atribui à família patriarcal burguesa deriva da negatividade com que entende a natureza e o sensível, e 2) que a historicidade e necessidade de superação da família patriarcal em Marx estão conectadas com a sua visão positiva da natureza e da sensibilidade, com sua peculiar visão do ser humano como processo de humanização da natureza.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

VERA COTRIM, CEFET - MG

Professora de Filosofia no CEFET - MG, Pós-doutoranda em Filosofia e Doutora em História Econômica pela USP (2015). Possui mestrado em História Econômica (2009) e graduação em Filosofia pela mesma universidade (2003). Tem experiência na área de Filosofia e História Econômica, com ênfase na obra de Karl Marx. Desenvolveu pesquisa sobre o tema da produção capitalista da ciência, que envolve as questões do trabalho intelectual assalariado e da propriedade intelectual. Investiga hoje a crítica de Marx à economia política e à dialética hegeliana, buscando situar a obra de Marx na história da Filosofia. Investiga ainda o pensamento feminista e as teses sobre as questões de gênero e as questões raciais; além de aspectos da atual questão palestina, especialmente a relação entre apartheid social e patriarcado.

Referências

COTRIM, Vera. “Luta de classes e emancipação feminina; a revolução russa e sua herança”. In: CORREA, Ana Laura et al. O realismo e sua atualidade: arte, cultura e o centenário da revolução de outubro. Brasília: UnB, 2019. No prelo.

HEGEL, G. W. F. Cursos de Estética. Volumes I. Tradução de Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle. Consultoria de Victor Knoll. São Paulo: EDUSP, 2000.

__________. Vorselung über die Ästhetik I. Werke 13. Frankfurt am Main: Suhrkamp Taschenbuch Verlag, 1986.

HEGEL, G. W. F. Princípios da Filosofia do Direito. Tradução de Orlando Vitorino. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

__________. Grundlinien der Philosophie des Rechts. Werke 7. Frankfurt am Main: Suhrkamp Taschenbuch Verlag, 1986.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Tradução de Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2010.

__________. Ökonomisch Philosophische Manuskripte aus dem Jahre 1844. Disponível em: https://www.marxists.org/deutsch/archiv/marx-engels/1844/oek-phil/index.htm. Acesso em 15 de janeiro de 2020.

__________. Grundrisse. Manuscritos econômicos de 1857-1858. Esboços de crítica da economia política. Tradução de Mario Duayer e Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo; Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2011.

__________. O Capital ”“ Crítica da economia política ”“ Livro primeiro. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. Coordenação e revisão de Paul Singer. Coleção Os economistas Vols. I e II. São Paulo: Nova Cultural, 1985(a),(b).

__________. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. Tradução de Rubens Enderle e Leonardo de Deus. São Paulo: Boitempo, 2005.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. Tradução de Rubens Enderle, Nélio Schneider e Luciano C. Martorano. São Paulo: Boitempo, 2007.

WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos direitos da mulher. Tradução de Ivania Motta. São Paulo: Boitempo, 2016.

Downloads

Publicado

20-08-2020

Como Citar

Aguiar Cotrim, A., & AGUIAR COTRIM, V. (2020). HEGEL E MARX SOBRE O PATRIARCADO: NATURALIZAÇÃO E RUPTURA. Revista Cerrados, 29(52), 120–151. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/29380

Edição

Seção

Dossiê: Realismo e atualidade: horizontes da criação artística em tempos hostis.