Ninguém escreve ao coronel: o realismo histórico de Gabriel García Márquez

Autores

Palavras-chave:

Gabriel García Márquez, Lukács, Ninguém escreve ao coronel, Romance histórico

Resumo

Ninguém escreve ao coronel (1958) procura conjugar, no curto espaço de suas noventa e poucas páginas, eventos da história recente da Colômbia, a dimensão humana de um idoso que já esteve no topo de uma hierarquia, e agora não representa nada, com a escassez material de uma família cujo saldo com a vida é um filho morto. Dessa forma, e utilizando as considerações de György Lukács sobre o romance histórico, procuramos defender o isolamento e a privação, que são tema e forma dessa narrativa garciamarqueana, como a figuração da totalidade de um período histórico específico que vai tragar as personagens, consumir suas forças e se alimentar da sua aparente inação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALARCÓN, Luis Ernesto Lasso. El coronel no tiene quien le escriba: aprendizaje tardío. In: La narrativa de García Márquez: hacia la otra Postmodernidad. 2ª Edición. Bogotá: Samán Editores, 1997, pp. 43-57.
ANDERSON, Perry. Trajetos de uma forma literária. Tradução de Milton Ohata. Novos estudos CEBRAP, São Paulo, nº 77, pp. 205-220, 2007.
CAMELO, Hernando Motato. La parodia de la dictadura: un diálogo con la Historia en la narrativa graciamarqueana. Bucaramanga: Universidad Industrial de Santander, 2010.
CRUZ, Adolfo León Atehortúa. El golpe de Rojas y el poder de los militares. Folios, Bogotá, Segunda época, nº 31, 2010, pp. 33-48, primer semestre de 2010.
CUNHA, Marina P. R. Memória e representação da Guerra dos Mil Dias nas obras de Gabriel García Márquez. VI Simpósio Nacional de História Cultural Escritas da História: Ver ”“ Sentir ”“ Narrar, 2012. Disponível em < http://gthistoriacultural.com.br/VIsimposio/anais/Marina%20Procopio%20Rodrigues%20da%20Cunha.pdf >. Acesso em 12 de janeiro de 2020.
FLO, Julian. Sobre la ficción (al margen de Gabriel García Márquez). In: Repertorio crítico sobre Gabriel García Márquez. Tomo I. Compilación y prólogo de Juan Gustavo Cobo Borda. Serie La Granada Entreabierta. Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1995, pp, 247-255.
HOBSBAWN, Eric. Viva la Revolución: a era das utopias na América Latina. Organização: Leslie Bethell. Tradução de Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
LUKÁCS, György. A forma clássica do romance histórico. In: O romance histórico. Tradução de Rubens Enderle e apresentação de Arlenice Almeida da Silva. São Paulo: Boitempo, 2011 (pp. 33-113).
__________. Marxismo e Teoria da Literatura. Seleção, apresentação e tradução de Carlos Nelson Coutinho. 2ª edição. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
MEYER-MINNEMANN, Klaus. La representación de la “Violencia” en El coronel no tiene quien le escriba y la mala hora de Gabriel García Márquez. In: Repertorio crítico sobre Gabriel García Márquez. Tomo I. Compilación y prólogo de Juan Gustavo Cobo Borda. Serie La Granada Entreabierta. Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1995, pp, 261-271.
MÁRQUEZ, Gabriel García. Ninguém escreve ao coronel. Tradução de Danúbio Rodrigues. Ilustrações de Carybé. 4. edição. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.
MORETTI, Franco. “Malformações nacionais”: metamorfoses na semiperiferia. In: O burguês: entre a história e a literatura. Tradução de Alexandre Morales. São Paulo: Três Estrelas, 2014, pp. 150-173.
RAMA, Angel. García Márquez: la violencia americana. Originalmente publicado en el semanario Marcha (Montevideo), N.° 1201, (17 de abril de 1964), pp. 22””23. Tomado de 9 asedios a García Márquez. Santiago, Chile: Editorial Universitaria, 1969, pp. 106-120. Disponible en < http://www.literatura.us/garciamarquez/angelrama.html>. Acceso en 23 de agosto de 2018.
__________. La narrativa de Gabriel García Márquez: edificación de un arte nacional y popular. Bogotá: Colcultura, 1991.
SALDÍVAR, Dasso. García Márquez: el viaje a la semilla ”“ la biografía. Madrid: Alfaguara, 1997, pp. 169-220.
TRUJILLO, Ricardo Arias. Historia contemporánea de Colombia (1920-2010). Bogotá: Universidad de los Andes, Ediciones Uniandes, 2010.

Downloads

Publicado

07-09-2020

Como Citar

de Oliveira, A. L., & Bergamo, E. (2020). Ninguém escreve ao coronel: o realismo histórico de Gabriel García Márquez. Revista Cerrados, 29(52), 172–191. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/29206

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.