SAUTCHUK, João Miguel. 2012. A poética do improviso: prática e habilidade no repente nordestino. Brasília: Editora da Universidade de Brasília. 363 pp.

Autores

  • Rafael Antunes Almeida

Palavras-chave:

repente nordestino, improviso

Resumo

Jacques Derrida, na conferência intitulada “Penser à ne pas voir” observa que a improvisação consiste em “Pensar sem ver o avanço, sem ver previamente, sem pré-ver”. Conquanto, algumas linhas à frente, o filósofo francês parece apontar para uma aporia que a noção de improvisação enseja: “Será que se pode pintar sem pré-ver, sem desígnio, sem design?”. A obra assinada por João Miguel Sautchuk, publicada em 2012 pela Editora da Universidade de Brasília e produto de sua tese de doutorado, de algum modo pode ser pensada como um diálogo com a questão assinalada por Derrida, isto é, a dialética entre o instante da criação poética e as suas condições de possibilidade ou, nos termos do autor, entre estrutura e ação (:25). Esta questão, cujo lastro nas ciências sociais é extenso, é trazida à baila por via dos escritos de Pierre Bourdieu concernentes ao tema da práxis, matriz que o conduz a discutir a questão das habilidades dos cantadores e o problema do improviso, que se vê acomodado entre o código e a prática.

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Referências

SAUTCHUK, João Miguel. 2012. A poética do improviso: prática e habilidade no repente nordestino. Brasília: Editora da Universidade de Brasília. 363 pp.

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

Almeida, Rafael Antunes. 2018. “SAUTCHUK, João Miguel. 2012. A poética Do Improviso: Prática E Habilidade No Repente Nordestino. Brasília: Editora Da Universidade De Brasília. 363 Pp”. Anuário Antropológico 39 (1):255-58. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6850.