Evidências, experiências e endemias

fatos científicos nas políticas de combate à hanseníase

Autores

  • Claudia Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.4000/aa.5871

Palavras-chave:

Antropologia da ciência e tecnologia, Políticas públicas, Hanseníase, Infraestrutura, Medicina baseada em evidências

Resumo

Neste artigo, vendo nosso universo como um espaço político atravessado por diversas verdades morais e científicas, nos guiamos pela pergunta: como se determina a evidência científica que define a versão última da política de combate à hanseníase no Brasil e no mundo? Inspirados pelos estudos de ciência e tecnologia, assim como pela antropologia de políticas sociais, nossos interesses convergem numa antropologia de infraestrutura. Examinamos os efeitos provocados pelos diversos atores humanos e não humanos, focando primeiro na “doença em andamento” (envolvendo corpos, bacilos e nomenclaturas médicas), passando às estatísticas e metas das campanhas internacionais para “eliminar” a hanseníase (incluindo protocolos, medicamentos e estatísticas da saúde global), para desembocar na contenda cercando uma proposta de mudança no regime de tratamento (disputada por experts locais, nacionais e internacionais). Na disputa atual, vemos como, através de alianças políticas que se estendem de um lado a outro do globo, a ecologia de saberes especializados se mexe, provocando uma redefinição inesperada na hierarquia de evidências autorizadas.

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Publicado

2020-08-28

Como Citar

Fonseca, Claudia. 2020. “Evidências, Experiências E Endemias: Fatos científicos Nas políticas De Combate à hanseníase”. Anuário Antropológico 45 (2):164-87. https://doi.org/10.4000/aa.5871.