Um Panorama histórico

drogas, América Latina e Mulheres

Autores

  • Jacques de Novion Universidade de Brasília
  • Miquelly Barbosa da Silva Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/abyayala.v1i3.7141

Resumo

Um elemento que tem se destacado no tráfico de drogas, na atualidade, é a presença cada vez maior de mulheres, muitas vezes ocupando tarefas subalternas, como a função de “mula ou vapor”, mas, também em postos de gerência e domínio nas bocas de fumo. No caso mais específico de alguns países, como o Brasil, as atividades que envolvem o cultivo, produção e distribuição de drogas colocam a maioria das mulheres latino-americanas no nível mais baixo da cadeia do crime organizado, seja como pequenas vendedoras, “correios humanos” de drogas ou transportadoras de drogas. Na dinâmica dessas atividades, as mulheres são facilmente substituídas, incorrendo em detenções inócuas à diminuição do tráfico de drogas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jacques de Novion, Universidade de Brasília

Doutor em Estudos Latino-Americanos, pela Universidade Nacional Autônoma do México. Mestre em
História pela Universidade de Brasília. Professor Adjunto do Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as
Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília.

Miquelly Barbosa da Silva, Universidade de Brasília

Graduada em Direito, Mestranda em Ciências Sociais, pela Universidade de Brasília (ELA/UnB). Mestranda em Ciência Política (Unieuro). Pesquisadora do Grupo de Estudos Comparados México, Caribe, América Central e Brasil (MeCACB). Docente do Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste - Unidesc.

Referências

ADORNO, S. Uma história social do crime e da punição. SP: Perseu Abramo, 2008.

AGUIAR, N. Patriarcado, sociedade e patrimonialismo. Sociedade e Estado, Universidade de Brasília, v. 15, n. 2, p. 303- 330, 2002.

ALMEIDA, R. O. Mulheres que matam: universo imaginário do crime no feminino. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

ALVES, Fernando de Brito. Margens do direito: a nova fundamentação do direito das minorias. Porto Alegre: Núria Fabris Editora, 2010.

AMADOR, G; AMIGHETTI, D; BARTLEY-MATTHEWS, J; BLAS, I; CAICEDO, L.C; CORTÉS, E; CHAPARRO, N; CHAPARRO, S; CRUZ, L.F; DAUFEMBACK, V; GIACOMELLO, C; LUTZ, L; MOLINA, Z; NOUGIER, M; OLIVEIRA, G; PECOVA, A; PIERIS, N; POL, L; QUINTANILLA D; RUEDA, A.M.; SCHAFFER, A; SESTOKAS, L; SOTOMAYOR, M.C.M; UPRIMNY, R; ACEVEDO, V.V; YOUNGERS, C; BOITEUX, Luciana. Women, Drug Policies, and Incarceration: a guide for public reform in Latin America. Relatório de pesquisa. Coord.: Coletta A. Youngers, Nischa Pieris, Marie Nougier e Sergio Chaparro. Grupo de Trabalho sobre Mulheres, Políticas de Drogas e Encarceramento. Open Society Foundations e Fundación Libra. 50p. 2016.

BARCINSK, M. Centralidade de gênero no processo de construção da identidade de mulheres envolvidas na rede do tráfico de drogas. Ciência e Saúde Coletiva. 2009.

BARCINSKI, M. Mulheres no tráfico de drogas: a criminalidade como estratégia de saída da invisibilidade social feminina. Porto Alegre, 2012

BARTH, F. The system of social stratification in Swat, North Pakistan. In: E. Leach (ed.), Aspects of caste in South India, Ceylon and North-West Pakistan. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 113-146. 1971.

____. On the study of social change. American Anthropologist, 69(6):661-669. 1967.

____. The system of social stratification in Swat, North Pakistan. In: E. Leach (ed.), Aspects of caste in South India, Ceylon and NorthWest Pakistan. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 113- 146. 1971.

____. Los patanes: su identidad y conservación. In: F. Barth (org.),Los grupos étnicos y sus fronteras. México: Fondo de Cultura Económica. pp. 152-176.1976.

____ The analysis of culture in complex societies. Ethnos, 54(3-4):120-142. 1989.

BERGERON, H. Sociologia da droga. Aparecida: Ideias & Letras. 2012.

BOERSNER, D. Relaciones Internacionales de America Latina. Breve historia. Editorial Nueva Sociedad. Venezuela, 1996.

BOITEUX, L; CHERNICHARO, L; BARRETO, A. L. Mujeres y encarcelamiento por delitos de drogas. Colectivo de Estudios Drogas y Derecho. Coord.: Catalina Pérez Correa. Edición y Diseño: Ariana Ángeles García y Karen Silva Mora. RJ: CEDD, PPGD/UFRJ e LADIH/UFRJ. 12p. 2015.

CAMPBELL, Howard. Female drug smugglers on the US-Mexico border: gender, crime, and empowerment. Anthropological Quarterly, vol. 81, n. 1, p.233-267, 2008.

CASTRO, L. F. P.; IGREJA, R. F. A. M. L. Estrangeirização de Terras na Perspectiva das Formas de Colonialidade no Agro Latino-Americano. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 11, p. 204-219, 2017. No prelo.

_____. AGRICULTURA FAMILIAR NA AMÉRICA LATINA: A DIFUSÃO DO CONCEITO E A CONSTRUÇÃO DE SUJEITOS POLÍTICOS. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 3, n.2, p. 73 ”“ 97, 2016.

CELS. Centro de Estudios Legales y Sociales ”“ CELS. El impacto de las políticas de drogas en los derechos humanos: la experiencia del continente americano. Coordinación y edición: Luciana Pol, Ximena Tordini, Paula Litvachky y Gabriela Kletzel. Colaboración de Edurne Cárdenas. 69p. 2015. Disponível em: http://www.cels.org.ar/common/Drogas_web_hojas.simples.pdf. Acesso em 14.05.17.

COSTA, C.L. Feminismos descoloniais para além do humano. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 22, n. 3, p. 929-934, Dec. 2014.

COSTA RICA. Defensoria Pública da Costa Rica. Estudio de la Defensa Pública de Costa Rica sobre el perfil de la población femenina privada de libertad por introducir drogas a los centros penales. Defensoria Pública; abril de 2012.

DUSSEL, E. 1492: o encobrimento do outro. A origem do mito da modernidade: conferências em Frankfurt. Petropólis: Rio de Janeiro. Vozes, 1993.

_________. Europa, modernidad y eurocentrismo, em LANDER, Edgardo (coord.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso. 2000.

ENLOE, C. Banana, Beaches and Bases: Making Sense of International Politics. Berkeley: University of California Press. 1990.

ESCOHOTADO, A. Historia General de las drogas. Alianza Editorial. Madrid, 1998.

FARIA, T.D. Mulheres no tráfico de pessoas: vítimas e agressoras. Dossiê: gênero no tráfico de pessoas. Cadernos Pagu, 2008. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332008000200008 acesso em 01 nov. 2017.

FREYRE, G. Casa-grande & senzala: introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil. In: SANTIAGO, S. (Coord.). Intérpretes do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 105-645.

______. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. In: SANTIAGO, S. (Coord.). Intérpretes do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 647-1379.

______. Ordem e progresso: processo de desintegração das sociedades patriarcal e semipatriarcal no Brasil sob o regime de trabalho livre: aspectos de um quase meio século de transição do trabalho escravo para o trabalho livre. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. 2. v

GAUTIER, A. Mujeres y colonialismo. In Marc Ferro (dir.), El libro negro del colonialismo. Siglos XVI al XXI: Del exterminio al arrepentimiento. Madrid: La esfera de los libros. 2005.

GIACOMELLO, C. Género, drogas y prisión. México. Tirant lo Blanch. 2013.

______. Mujeres, delitos de drogas y sistemas penitenciarios en América Latina. International Drug Policy Consortium. 2013. Disponível em: https://www.unodc.org/documents/congress//background-information/NGO/IDPC/IDPC-Briefing-Paper_Women-in-Latin-America_SPANISH.pdf. Acesso em 14.05.17.

GÓMEZ, A. S. Las jefas del narco: El ascenso de las mujeres en el crimen organizado. Grijalbo. 2013.

GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147, 2008.

GUZMÁN, J. C. Las tres jefas. In: A. S. Gómez, Las jefas del narco: El ascenso de las mujeres en el crime organizado. Pp. 125-138. Grijalbo. 2013.

HELPES, S.S. Vidas em jogo: um estudo sobre mulheres envolvidas com o tráfico de drogas. 2014. 195 p. Dissertação (mestrado acadêmico) ”“ Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2014.

HERNÁNDEZ, A.P. Legislación de drogas y población carcelaria en México. Metaal, Pien y Youngers, Coletta, Sistemas sobrecargados. Leyes de drogas y cárceles en América Latina. Washington DC-Ámsterdam: Transnational Institute-Washington Office on Latin America. 2011.

IGREJA, R. L. Justicia y diferencia étnica. El reconocimiento étnico en el contacto de los grupos indígenas migrantes en la ciudad de México con la administración de justicia capitaliana. Revista mexicana de ciencias políticas y sociales, v.46, n.188, 2003.

____IGREJA, R.L. Estado , diferença cultural e políticas multiculturalistas: uma comparação entre Brasil e México. Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas ”“ CEPPAC. Instituto de Ciências Sociais.Tese de doutorado. Universidade de Brasília. Brasília;DF. 2005.

INDEPAZ. Instituto de Estudios para el Desarrollo y la Paz (Indepaz). Vicios penales: cultivadores de coca, amapola y marihuana, en la hora de su despenalización. Observatório Colombiano de Cultivadores e Cultivos Declarados Ilícitos. Julho de 2015. Disponível em: http://www.indepaz. org.co/wp-content/uploads/2015/08/Vicios-Penales-ANEXOS-ultima-version-30-julio.pdf. Acesso em 14.05.17.

INPEC. Instituto Nacional Penitenciario y Carcelario. Estadísticas a diciembre de 2014. Disponível em: http://www.inpec.gov.co/portal/page/portal. Acesso em 14.05.17.

KAMIEŃSKI, L. Las drogas en la guerra. Una historia global. Barcelona, Espanha. Editorial Planeta S.A, 2017.

KENSY, J; STENGAL, C; NOUGIER, M; BIRGIN, R. Drug Policy and Women: Addressing the Negative Consequences of Harmful Drug Control. November 30, 2012. International Drug Policy Consortium, 2012. Disponível em: SSRN: https://ssrn.com/abstract=2186004 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2186004. Acesso em 14.05.17.

LIMSIRA, P. The United Nations Rules for the Treatment of Women Prisoners and Non-Custodial Measures for Women Offenders (Bangkok Rules). JE Asia & Int'l L., v. 4, p. 241, 2011.

LOMBROSO and FERRERO, William. The Female Offender. Colorado, Fred B. Rothman & Co, 1980.

MCALLISTER, William. Drug diplomacy in the twentieth century. Nova Iorque: Routledge, 2000.

MENDES, Soraia da Rosa. (2012). (Re)Pensando a Criminologia: Reflexões sobre um Novo Paradigma desde a Epistemologia Feminista. Tese de Doutorado. Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.

METAAL, P; YOUNGERS, C. Sistemas sobrecargados: leyes de drogas y cárceles en América Latina. WOLA y TNI. 2010. Disponível em: http://www.wola.org/sites/default/files/downloadable/Drug%20Policy/2011/Spanish/sistemas_sobrecargados_web2.pd. Acesso em 14.05.17.

MIGNOLO, W. Decolonizing Western Epistemology/Building Decolonial Epistemologies. In: ISASI-DÍAZ, Ada María; MENDIETA, Eduardo (Eds.). Decolonizing Epistemologies: Latina/o Theology and Philosophy. New York: Fordham University Press, p. 19-43, 2012a.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Pesquisa Enafron: Diagnóstico sobre tráfico de pessoas nas áreas de fronteira. 2013. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-protecao/trafico-de-pessoas/publicacoes/anexos-pesquisas/pesquisa_nafron_202x266mm_1710_19h00_web.pdf. Acesso em 15.05.17.

MISSE, M. O Movimento: A constituição e reprodução das redes do mercado informal ilegal de drogas a varejo no Rio de Janeiro e seus efeitos de violência. Drogas e Pós-Modernidade. 2013.

________.Coloniality of Power, Ethnocentrism, and Latin America, NEPANTLA, 1(3), 533-580.2000.

NOVION, Jacques de. Las Últimas Fronteras del Sistema Capitalista: Hegemonía Integración Económica y Seguridad en las Américas. La Amazonia y el futuro en cuestión. Tese doutoral defendida no Programa de Pós-graduação em Estudos Latino-Americanos da Universidade Nacional Autônoma do México. 21/02/2011.

NOVION, J. Integración Económica y Seguridad Continental: la lucha armada en América Latina y el Caribe en perspectiva histórica, comparada y macro-regional. Revista Taller, v. 03, p. 10, 2014.

NOVION, J.; COSTILLA, L. O.; AYALA, M. Pensamento, Teoria e Estudos Latino-americanos. Revista de Estudos e Pesquisas Sobre as Américas, v. 8, p. 5-14, 2014.

NOVION, J. Imperialismo, Militarização e Intervenção na América Latina. Ni Calco Ni Cópia, v. 1, p. 49-67, 2005.

PIERIS, N. Mujeres y drogas en las Américas: un diagnostico de política en construcción. CIM/OEA, 2014. Disponível em http://www.oas.org/en/cim/docs/WomenDrugsAmericas-ES.pdf. Acesso em 14.05.17.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Disponível em: http://bibliotecavirtual. clacso. org. ar/ar/libros/lander/pt. Acesso em 15.05.17.

RATTON, J. L., Galvão, C., e Andrade. Crime e Gênero: controvérsias teóricas e empíricas sobre a agência feminina. Curitiba. 2011.

RESTREPO, E.; ROJAS, A. Inflexión decolonial: Fuentes, conceptos y cuestionamientos. Popayán, Colombia: Editorial Universidad del Cauca, 2010.

________. La colonialidad del poder y la experiencia cultural latinoamericana, in Roberto Briceño-León; Heinz R. Sonntag (orgs.), Pueblo, época y desarrollo: la sociología de América Latina. Caracas: Nueva Sociedad, 139-155. 1998.

_________. “Raza’, ‘Etnia’ y ‘Nación’ en Mariátegui: Cuestiones Abiertas”, in Roland Morgues (org.), José Carlos Mariátgui y Europa: El Otro Aspecto del Descubrimiento. Lima, Perú: Empresa Editora Amauta S.A., 167-187. 1993.

RODRIGUES, T. Narcotráfico e Militarização nas Américas: Vício de Guerra. 2012. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cint/v34n1/v34n1a01.pdf acesso em 05 nov. 2017.

ROJAS MIX, M. Los cien nombres de América. Barcelona: Lumen, 1991.

SANTOS, L. F.S. A inserção do Tráfico de Drogas na Agenda de Segurança da Comunidade Andina de Nações. II Simpósio Internacional pensar e repensar a América Latina. 2016.

SEGATO, R.L. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos CES, n. 18, p. 106-131, 2012.

SOARES, B. M.; ILGENFRITZ, I. Prisioneiras: vida e violência atrás das grades. Rio

de Janeiro: Garamond, 2002.

SOUZA, A. América Latina, conceito e identidade: algumas reflexões da História. PRACS: Revista de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, Macapá, n. 4, p. 29-39, 2011.

SOUZA, L.L. As consequências do discurso punitivo contra as mulheres" mulas" do tráfico internacional de drogas: ideias para a reformulação da política de enfrentamento às drogas no Brasil. Parecer elaborado no âmbito do Projeto Justiça Criminal do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania. ITTC: São Paulo, 2013.

SOUZA, M. E. M. AS MULHERES E O TRÁFICO DE DROGAS: linhas sobre os processos de criminalização das mulheres no Brasil. 2015. Disponível em http://dspace.idp.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2065 acesso em 02 nov. 2017.

SPIVAK, G. In Other Worlds: Essays in Cultural Politics. New York: Routledge, Kegan and Paul. 1988.

VILLAR, Diego. Uma abordagem crítica do conceito de "etnicidade" na obra de Fredrik Barth. Mana, Rio de Janeiro , v. 10, n. 1, p. 165-192, Apr. 2004 .

WALMSLEY, R. World Female Imprisonment List. Institute for Criminal Policy Research at Birbeck University of London. London. Outubro de 2015, p. 2, 13.

WIEVIORKA, Michel. O novo paradigma da violência. Revista de Sociologia da USP. São Paulo. Maio de 1997, p. 5,41.

Downloads

Publicado

2017-12-30

Como Citar

Novion, Jacques de, e Miquelly Barbosa da Silva. 2017. “Um Panorama histórico: Drogas, América Latina E Mulheres”. Abya-Yala: Revista Sobre Acesso à Justiça E Direitos Nas Américas 1 (3):209 a 232. https://doi.org/10.26512/abyayala.v1i3.7141.