A necropolítica da “guerra
tecnologias de governo, “homicídios” e “tráfico de drogas” na região metropolitana do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.26512/abyayala.v1i3.7119Palavras-chave:
Necropolítica;, Homicidios;, Tráfico de Drogas;, MuerteResumo
A partir de uma etnografia sobre técnicas e moralidades na investigação de “homicídios” na região metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, apresentarei como a gestão e a gerência de mortos vítimas de “mortes matadas” se dá no âmbito de um divisão de homicídios da polícia civil na região metropolitana do Rio de Janeiro. Pela análise dos processos de investigação e tratamento institucional de mortes, pretendo demonstrar como se constroem “homicídios” cujos mortos são vinculados ao comércio varejista de substâncias psicoativas ilícitas, o “tráfico de drogas”. Meu objetivo é demonstrar que tais processos eram orientados por uma tecnologia de governo, gerida pelas técnicas e moralidades do policiais que construíam “homicídios” em documentos investigativos de mortes. Essas eram consideradas resultado de uma “guerra”, na qual eles, policiais civis, se reconheciam como parte. Na descrição etnográfica, situo sujeitos, coisas e fatos para discutir como esses “homicídios” construídos nas “linhas de investigação” expressavam o exercício de um poder político sobre a morte e os mortos, exercido sob uma forma particular de gestão de corpos, com tecnologias de governo de uma necropolítica, vinculada à submissão de certas vidas aos controles que se manifestam na ausência dos mortos e na presença da morte.
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