A Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher:

uma análise de integralidade e gênero

Autores

  • Kátia Maria Barreto Souto

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v10i22.12950

Palavras-chave:

Política de saúde, Saúde da mulher, Integralidade, Gênero

Resumo

O artigo analisa a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher sob a perspectiva de gênero, a partir da reflexão sobre o princípio da integralidade na saúde. Resgata a trajetória da saúde da mulher, concepção e foco, e a participação do movimento de mulheres na construção e implementação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), em 1983. Levanta questões como o rompimento com a concepção do ciclo materno-infantil para a saúde integral da mulher e os limites da formação dos profissionais e da organização dos serviços, para romper com essa visão e contemplar a saúde integral da mulher nas suas mais amplas dimensões e singularidades. Destaca a dicotomia entre a formulação e a implementação da Política, inclusive pelos limites sociais, culturais e estruturais de cada tempo, atores envolvidos e diversidade regional do País e do SUS. Finaliza refletindo sobre os atuais desafios para que as políticas de saúde da mulher, de fato contemplem toda a dimensão do ser humano e a importância da perspectiva de gênero para que a integralidade seja uma realidade na vida e na saúde das mulheres.

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Biografia do Autor

Kátia Maria Barreto Souto

Jornalista, consultora técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde/MS, especialista em Bioética e mestranda em Sociologia na Universidade de Brasília (Unb).

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Publicado

08/14/2009

Como Citar

SOUTO, Kátia Maria Barreto. A Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher:: uma análise de integralidade e gênero. SER Social, [S. l.], v. 10, n. 22, p. 161–182, 2009. DOI: 10.26512/ser_social.v10i22.12950. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/12950. Acesso em: 6 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Temáticos