Novas formas de associação entre Estado e nação: marca-nação e a desestabilização de um hífen na globalização
DOI:
https://doi.org/10.26512/cmd.v4i2.9061Palavras-chave:
Estado-nação, identidade nacional, marca, globalização.Resumo
Ao contrário do que previsto por alguns autores, a globalização não significou o fim do Estado-nação, que não apenas se mantém operando, mas mesmo opera como um elemento central para a própria produção da globalização. É necessário, então, se perguntar se Estado-nação não foi transformado. Essa não é um pergunta nova, mas neste artigo vamos buscar explorá-la por um aspecto específico, a relação entre Estado e nação. Por isso, este artigo pode ser pensado como uma reflexão sobre o hífen. Faremos isso a partir de uma percepção: os Estados têm se demonstrado cada vez mais atentos à nação. Isso se demonstra pelas frequentes ações de promoção internacional das nações e pelo desenvolvimento de projetos de marketing denominados marca-nação. Argumento aqui que isso se dá pela simultaneidade de dois processos: de um lado, Estado e nação passam a operar na globalização, de forma relativa, autonomamente um do outro; de outro, a valorização das identidades, como elemento de uma economia simbólica global, eleva o interesse do Estado em controlar a nação, o que faz, contudo, agora em um espaço em que outros agentes compartilham o mesmo interesse.
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