Liberdade e vontade: Schelling, leitor de Lutero
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v5i2.12588Palavras-chave:
Liberdade, Vontade, Schelling, Lutero, Deus, Ser humanoResumo
A presente contribuição reproduz, sem grandes mudanças de conteúdo e estilo, a conferência de abertura da 45ª Semana de Filosofia da UnB. Após uma aproximação geral ao tema, delineia-se um problema fundamental para o estudo comparativo de Schelling e Lutero: aquele da necessidade e liberdade na compreensão do ser humano e de Deus. Quanto a isso, aborda-se primeiro o conceito do humano como ser de liberdade e fundado na própria vontade. Este traz à luz o cerne antropológico e ético em que teologia positiva e filosofia especulativa à primeira vista podem convergir. Por outro lado, mostram-se especificidades e pressupostos de fundo que tanto aproximam quanto distanciam as perspectivas de Lutero e de Schelling, a partir de seus respectivos contextos e interesses. Entre estes pressupostos, está a luta pela especificidade e lugar do conceito de Deus à medida que, ao menos no caso de Schelling, move-se entre teísmo e panteísmo da liberdade e da vontade. Conclui-se que a posição de Schelling, embora próxima daquela de Lutero, reflete uma leitura antes indireta, e no essencial sobrepujante, que em muito excede o ponto de partida e chegada de Lutero.
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