Intuição categorial: Um estudo a partir de Heidegger

Autores

  • Marcos Aurélio Fernandes Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v1i2.12266

Palavras-chave:

Intuição, Percepção, Representação, Intencionalidade, Expressão, Intuição categorial

Resumo

A descoberta da “intuição categorial” atesta que há um apreender simples não só do que se dá na percepção sensorial, mas também há, junto com essa, um apreender simples do “categorial”. Com outras palavras, a descoberta da “intuição categorial” atesta que, na percepção cotidiana, ou seja, na percepção concreta da coisa, em toda experiência, se dá também uma percepção do que na filosofia se costumou chamar de “categoria”. Isso significa, ainda, que há atos em que consistências ideais se mostram a si mesmas, sem que sejam criações destes atos, funções de pensamento, produtos do sujeito. Entretanto, é preciso explicitar melhor o que é apreendido nessa intuição e como algo deste modo de ser é intuído. O que se pretende com esta exposição é realizar tal explicitação no horizonte de pensamento de Heidegger, em que fenomenologia se mostra como ontologia. Isso implica discutir também importantes temas, como “intencionalidade”, “intuição e expressão”, “verdade e ser”.

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Biografia do Autor

Marcos Aurélio Fernandes, Universidade de Brasília - UnB

Fez seus primeiros estudos de filosofia, nos anos de 1988 a 1991, no Instituto de Filosofia São Boaventura, da Ordem dos Frades Menores. Concluiu sua graduação em Filosofia pela Universidade São Francisco (1991). Após ter cursado Teologia em Goiânia (IFITEG, 1993-1996), fez mestrado e doutorou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum (2000 e 2003 respectivamente), obtendo o reconhecimento no Brasil pela Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre-RS. Em Roma também participou de cursos na "Scuola Superiore di Studi Medievali" vinculada à Pontifícia Universidade Antonianum. Atualmente é Professor Adjunto de Filosofia Medieval do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília É membro do conselho editorial do periódico Scintilla - Revista de Filosofia e Mística Medieval, órgão do Instituto de Filosofia São Boaventura (Unifae - Curitiba-Pr) e da Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval (SBFM) - ISNN 1806-6526 (Qualis B); bem como da Revista de Abordagem Gestáltica (ISSN 1984-3542 Qualis CAPES B3). É autor de livros relacionados ao pensamento medieval: "Pensadores Franciscanos - Paisagens e Sendas" , publicado pelo Instituto Franciscano de Antropologia (IFAN) e editado pela Editora Universitária São Francisco (Bragança Paulista, 2007); "Raízes do Pensamento Medieval: o Legado do Helenismo e da Antiguidade Tardia à Idade Média", pela Daimon Editora (Teresópolis, 2011). É autor também do livro "À Clareira do Ser: Da Fenomenologia da Intencionalidade à Abertura da Existência" sobre os temas da intencionalidade, da percepção e da existência na fenomenologia de Heidegger (Daimon Editora, Teresópolis-RJ, 2011), e do capítulo "Do cuidado da fenomenologia à fenomenologia do cuidado" no livro, organizado por Adão José Peixoto e Adriano Furtado Holanda, "Fenomenologia do cuidado e do cuidar: perspectivas multidisciplinares" (Curitiba: Juruá, 2011) Colabora como articulista em diversas revistas de filosofia, filosofia medieval, educação, psicologia e teologia.

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Como Citar

FERNANDES, Marcos Aurélio. Intuição categorial: Um estudo a partir de Heidegger. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 76–106, 2014. DOI: 10.26512/rfmc.v1i2.12266. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12266. Acesso em: 18 abr. 2024.

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Artigos