A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas:

racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI

Autores/as

  • Ramón Grosfoguel Universidade da Califórnia

Palabras clave:

Universidades ocidentalizadas, Epistemologia racista/sexista, Sistema-mundo, Genocídio/epistemicídios, Conquista colonial

Resumen

Este artigo discute a estrutura epistêmica do mundo moderno em relação aos quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI (1450-1650). Argumenta-se que o privilégio epistêmico do homem ocidental foi construído às custas do genocídio/epistemicídios dos sujeitos coloniais. O artigo relaciona o racismo/sexismo epistêmico da estrutura das universidades ocidentalizadas e do mundo moderno ao genocídio/epistemicídio contra muçulmanos e judeus na conquista de Al-Andalus, contra povos nativos na conquista das Américas, contra povos africanos na conquista da África e a escravização dos mesmos nas Américas e, finalmente, contra as mulheres europeias queimadas vivas acusadas de bruxaria. Esses quatro genocídios/epistemicídios são fundantes da estrutura epistêmica moderno-colonial e das universidades ocidentalizadas. A tese principal deste artigo é que a condição de possibilidade para o cartesianismo idolátrico dos anos 1640 que assume o olho de Deus e arroga-se o direito de dizer “penso, logo existo” é o “extermino, logo existo”.

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Biografía del autor/a

Ramón Grosfoguel, Universidade da Califórnia

Professor do Departamento de Estudos Étnicos da Universidade de Califórnia ”“ Berkeley

Cómo citar

Grosfoguel, R. (2016). A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas:: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade E Estado, 31(1), 25–49. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6078

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