O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo

Autores

  • Alain Caillé Universidade de Nanterre

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0102-69922001000100003

Palavras-chave:

utilitarismo; racionalidade; dádiva; Marcel Mauss

Resumo

Neste artigo, procura-se demonstrar que as noções de razão utilizadas nas ciências sociais são largamente determinadas pela tradição utilitarista e que, por conseguinte, na prática, o conceito de racionalidade tem limites discutíveis dados pela subordinação do mesmo à questão do cálculo interessado. Mas a crítica à racionalidade utilitarista é complexa na medida em que existem diferentes registros do utilitarismo: o prático, como é o caso do utilitarismo economicista que prega a satisfação primeira de interesses egoístas materiais; o teórico, que propõe serem todos os homens egoístas e calculistas por natureza; e o normativo, que vincula o ideal de justiça à satisfação do maior número de indivíduos. A crítica às teses utilitaristas leva o autor a lembrar a contribuição de Marcel Mauss na fundação de um novo paradigma, o da dádiva. Enfim, este texto é fundamental para se compreender a passagem de uma crítica antiutilitarista negativa para uma outra, antiutilitarista positiva, que se apoia na criação do novo paradigma.

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Biografia do Autor

Alain Caillé, Universidade de Nanterre

Diretor do GEODE (Grupo de Estudos e Observação sobre Democracia) da Universidade de Nanterre e editor da Revue du M. A. U. S. S.

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Publicado

01-12-2001

Como Citar

Caillé, A. . (2001). O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo . Sociedade E Estado, 16(01 e 02), 26–56. https://doi.org/10.1590/S0102-69922001000100003