Afetos e sentidos no filme Girimunho (2011), de Clarissa Campolina e Helvécio Marins

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202237010003

Palavras-chave:

Experiência. Sensível. Imagem. Criação. Pensamento

Resumo

O principal objetivo deste ensaio é analisar o filme Girimunho (2011), de Clarissa Campolina e Helvécio Marins, como uma experiência em si mesma. O filme é analisado em diálogo com análises fílmicas recentes que relacionam afeto e linguagem. O foco recai sobre o roteiro do filme, assim como sobre a luz, o som, a cor, o plano, os movimentos de câmera e a montagem. O esforço analítico mobiliza uma bibliografia relacionada à filosofia, à sociologia, aos estudos do afeto, do cinema e da literatura. A análise mostra que o filme é uma experiência sensível que afeta o espectador/analista por meio de um trabalho com a linguagem cinematográfica que o instiga à leitura atenta e à criação de sentidos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carolina Rodrigues Freitas, Universidade de Brasília (UnB)

Pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Boston. Integrante do grupo de pesquisa Cultura, Memória e Desenvolvimento (CMD). Doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó, SC: Argos, 2009.

AHERN, Stephen. Introduction: a fell for the text. In: ______. Affect theory and literary critical practice: a feel for the text. Wolfville, CA: Acadia University, 2019.

BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

______. Pequena história da fotografia. In: ______. Obras escolhidas, v. 1. “Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura”. São Paulo: Brasiliense, 1987.

______. A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução. In: GRÜNNEWALD, José. A ideia do cinema, p. 55-95. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.

BRINKEMA, Eugenie. The form of the affects. Durham, NC: Duke University Press, 2014.

BUCK-MORSS, Susan. Estética e anestética: uma reconsideração de A obra de arte de Walter Benjamin. In: CAPISTRANO, Tadeu (Org.). Benjamin e a obra de arte: técnica, imagem, percepção, p. 155-204. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

COUTINHO, Eduardo F. La desconstrucción de la mirada dicotómica en Grande sertão veredas. Cuadernos Literarios, v. 1, n. 2, p. 49-58, 2003. Disponível em: <https://ucss.edu.pe/images/fondo-editorial/revista-cuadernos-literarios-02/desconstruccion-mirada-dicotonica-eduardo-coutinho.pdf>. Acesso em: 06 Mar. 2022.

» https://ucss.edu.pe/images/fondo-editorial/revista-cuadernos-literarios-02/desconstruccion-mirada-dicotonica-eduardo-coutinho.pdf

CLOUGH, Patricia. Introduction. In: CLOUGH, Patricia; HALLEY, J. (Orgs.). The affective turn: theorizing the social, p. 1-33. Durham, NC: Duke University Press, 2007.

COHN, Gabriel. Weber. Sociologia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2008.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Cinema II: a imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 2013.

______. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 2007.

GREGG, Melissa; SEIGWORTH, Gregory. An inventory of shimmers. In: ______. The affect theory reader, p. 1-28. Durham, NC: Duke University Press, 2010.

HANSEN, Miriam. Benjamin, cinema e experiência: a flor azul na terra da tecnologia. In: BENJAMIN, Walter [et al.]. Benjamin e a obra de arte: técnica, imagem, percepção, p. 205-255. Organização de Tadeu Capistrano. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

HARDT, Michael. Foreword: what affects are good for. In: CLOUCH, Patrícia. Affect turn: theorizing the social, p. iv-xiii. Durham, NC: Duke University, 2007.

INOUE, Kazuo. Eu vivi, mas... Uma biografia de Yasujiro Ozu. Tokyo: IMDB, 1983.

KOLJONEN, Johanna. Nostradamus Report: relevance in a new reality. Göteborg, SE: Göteborg Film Festival, 2019. Disponível em: <https://www.efm-berlinale.de/media/pdf_word/efm/69_efm/horizon/reports/nostradamus2019.pdf>. Acesso em: 20 Fev. 2022.

» https://www.efm-berlinale.de/media/pdf_word/efm/69_efm/horizon/reports/nostradamus2019.pdf

LALANE, Jean-Marc. Que plano é esse? Cahiers du cinéma, n. 569, Jun. 2002. Disponível em: <https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http%3A%2F%2Fwww.geocities.ws%2Fruygardnier%2Flalannequeplanoeesse.doc&wdOrigin=BROWSELINK>. Acesso em: 06 Mar. 2022.

» https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http%3A%2F%2Fwww.geocities.ws%2Fruygardnier%2Flalannequeplanoeesse.doc&wdOrigin=BROWSELINK

MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 2013.

MASSUMI, Brian. Parables for the virtual: movement, affect, sensation. Durham, NC; Duke University Press, 2002.

MERLEAU-PONTY, Maurice. A linguagem indireta e as vozes do silêncio. “Signos”. São Paulo: Martins Fontes, 1991 [1960].

ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. São Paulo: Companhia das Letras, 2019 [1956].

SHAVIRO, Steve. The cinematic body redux, 2008. Disponível em: <http://www.shaviro.com/Othertexts/Cinematic.pdf>

» http://www.shaviro.com/Othertexts/Cinematic.pdf

______. The cinematic body. Minnesota, MN: University of Minnesota Press, 1993.

SPINOZA, Baruch. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

WEBER, Max. A ciência como vocação: In: ______. Três tipos de poder e outros escritos. Lisboa: Tribuna da História, 2005.

XAVIER, Ismail. A experiência do cinema. São Paulo: Paz e Terra, 2018.

______. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. 3. ed. São Paulo: Paz e terra, 2005.

Downloads

Publicado

13-04-2022

Como Citar

Freitas, C. R. (2022). Afetos e sentidos no filme Girimunho (2011), de Clarissa Campolina e Helvécio Marins. Sociedade E Estado, 37(01), 53–73. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202237010003

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.