HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA MUSEU
contranarrativa e contramemória no espaço expositivo
Keywords:
museu, exposição, memória, colonial, contramemóriaAbstract
O presente artigo parte do pressuposto de que o museu é um lugar de memória e como tal território de disputa de poder. Partindo do diálogo com o trabalho Há uma gota de sangue em cada museu de Mário Chagas publicado nos anos 1990, realizamos uma breve contextualização dos museus modernos para realizar uma leitura de duas exposições de arte que colocam em debate a memória colonial: Bottanica Tirannica, individual da artista brasileira Giselle Beiguelman, que critica o colonialismo científico e Caminhantes, exposição on line fruto da colaboração entre Gabriel Bogossian, Victor Leguy e o artista indígena Ariel Ortega que assume a forma de uma fábula decolonial para refletir sobre os modos de ver o mundo ameríndio e as diferentes instâncias discursivas – religiosa, militar, estética, científica – que moldam a relação entre os mundos indígena e não-indígena.
Downloads
References
BENNET, Tony. The Birth of the Museum: History Theory, Politics. Nova York: Routledge, 1995.
CHAGAS, M. Há uma gota de sangue em todo museu: a ótica museológica de Mario de Andrade. Cadernos de Sociologia. 2014. V .13.n 13, 1999. Disponível em: https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/issue/view/30. Acesso em novembro de 2022.
DESVALLEES ,MAIRESSE. Conceitos chave de Museologia. Disponível em: https://www.icom.org.br/wp-content/uploads/2014/03/PDF_Conceitos-Chave-de-Museologia.pdf. Acesso em setembro de 2022
FLUSSER, Vilém. Memória. Disponível em: http://flusserbrasil.com/art292.pdf. Acesso em setembro de 2022
FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a fotografia: para uma filosofia da técnica. Lisboa: Relógio d ́água,1998.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1987.
MARINS, M. Exposição como arena de poder. Revista do Centro de Pesquisa e Formação. SESC. n 9, 2019.
MARTINS, D., JUNIOR, J. Memória como prática na cultura digital. Disponível https://pesquisa.tainacan.org/wp-content/uploads/2019/01/mem%C3%B3ria-como-pr%C3%A1tica.pdf. Acesso em setembro de 2022
MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da Modernidade. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/nKwQNPrx5Zr3yrMjh7tCZVk/?lang=pt&format=pdf. Acesso em setembro de 2022
MIGNOLO, Walter. Museus no horizonte colonial da modernidade :Garimpando o museu (1992) de Fred Wilson . Disponível em
https://monoskop.org/images/2/23/Mignolo_Walter_2011_2018_Museus_no_horizonte_colonial_da_modernidade_garimpando_o_museu_1992_de_Fred_Wilson.pdf. Acesso em setembro de 2022.
NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História.V.10, 1993.
Disponível em :https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101/8763. Acesso em novembro de 2022.
ZUBOFF, S.A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2020.