HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA MUSEU
contranarrativa e contramemória no espaço expositivo
Palavras-chave:
museu, exposição, memória, colonial, contramemóriaResumo
O presente artigo parte do pressuposto de que o museu é um lugar de memória e como tal território de disputa de poder. Partindo do diálogo com o trabalho Há uma gota de sangue em cada museu de Mário Chagas publicado nos anos 1990, realizamos uma breve contextualização dos museus modernos para realizar uma leitura de duas exposições de arte que colocam em debate a memória colonial: Bottanica Tirannica, individual da artista brasileira Giselle Beiguelman, que critica o colonialismo científico e Caminhantes, exposição on line fruto da colaboração entre Gabriel Bogossian, Victor Leguy e o artista indígena Ariel Ortega que assume a forma de uma fábula decolonial para refletir sobre os modos de ver o mundo ameríndio e as diferentes instâncias discursivas – religiosa, militar, estética, científica – que moldam a relação entre os mundos indígena e não-indígena.
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