CAMINHADAS SONORAS E AS DERIVAS DO SOM
Palavras-chave:
arte e tecnologia, arte sonora, caminhada, site sounds, derivaResumo
O presente texto se dedica a traçar uma trajetória espaço-temporal particular, no intuito de conectar conceitualmente práticas poéticas que se concentram na caminhada enquanto proposição estética. Para isso, articula o pensamento dada e parte do surrealismo às posteriores provocações situacionistas, com a psicogeografia e a teoria da deriva enquanto procedimentos inventivos de realidades sobrepostas – assim como declarado por Guy Debord. Quando se imiscuem a práticas sonoras de arte contemporânea, essas caminhadas adquirem um caráter de ressignificação do espaço, através do deslocamento que opera não apenas em termos de relevo percorrido, mas em relação à construção de pensamento estético. Por fim, a análise de obras em espaços públicos, que tomam como relevante a especificidade do local (site specificity), aponta para fenômenos da natureza associados ao sonoro – como a eletricidade e o magnetismo – delineando seus comportamentos físicos a partir de sua característica imaterial e fugaz.
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