A criança ativa e a Escolinha de Arte do Brasil:

contribuições de uma experiência septuagenária

Autores

  • Paulo Nin Ferreira Universidade Federal de Alagoas

Palavras-chave:

Arte-educação, Infância, Relação adulto/criança

Resumo

Este artigo tem por objetivo refletir sobre como a experiência em ensino de arte da Escolinha de Arte do Brasil (EAB) pode nos inspirar para falarmos do conceito de criança ativa, ressignificando o valor desta concepção para a arte-educação contemporânea. O estudo se deu a partir de pressupostos de Jean-Jacques Rousseau para a educação na obra Emílio ou Da Educação, relacionando-os a aspectos da Psicologia Funcional, de Édouard Claparède, e sua ressonância nas atividades desenvolvidas no Brasil pela psicóloga russa Helena Antipoff e Augusto Rodrigues, na EAB, além das proposições da Sociologia Interpretativa, de Willian Corsaro. As reflexões elaboradas levam a perceber as transformações a que passou o conceito em tela e suas possíveis contribuições no ensino de Arte na atualidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Nin Ferreira, Universidade Federal de Alagoas

Possui Licenciatura em Artes Plásticas, Mestrado em Educação pela Universidade de São Paulo, Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Alagoas e Pós-Doutorado em Estudos da Criança na especialidade Infância, Cultura e Sociedade, na Universidade do Minho, Portugal. Atua com os seguintes temas: arte na educação básica, formação de professores, infância, crianças e sociologia da infância.

Referências

ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. Criatividade no contexto educacional: três décadas de pesquisa. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 23, n. especial, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v23nspe/07.pdf. Acesso em: 11 jan. 2010.

BARBOSA, Ana Mae Tavares. Teoria e Prática da Educação Artística. São Paulo: Cultrix, 1975.

BARBOSA, Ana Mae Tavares. A Imagem no Ensino de Arte. 6ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

BARBOSA, Ana Mae Tavares (org.). Arte/educação contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo: Cortez: 2005.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 23 mar. 2017.

BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e da outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692.htm. Acesso em: 23 mar. 2017.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNC C_20dez_site.pdf. Acesso em: 22 de dezembro de 2017.

FERNANDES, Vera Lúcia Penzo. A criatividade no ensino de artes visuais: da reprodução à inclusão. Curitiba: Appris, 2016.

FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas "estado da arte". Educação & Sociedade, Campinas, v. 23, n. 79, 2002. Disponível em: http://www.scielo .br/pdf/es/v23n79/10857.pdf. Acesso em: 12 jul. 2007.

LOWENFELD, Viktor; BRITTAIN, W. L. Desenvolvimento da Capacidade Criadora. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

NAKANO, Tatiana de Cássia; WECHSLER, Solange Muglia. Criatividade: Características da produção científica brasileira. Avaliação Psicológica, Porto Alegre, v. 6, n. 2, 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v6n2 /v6n2a15.pdf. Acesso em: 11 jan. 2010.

NEVES-PEREIRA, Mônica Souza. Uma leitura histórico-cultural dos processos criativos: as contribuições de Vygotsky e da psicologia soviética. In: VIRGOLIN, Ângela M. Rodrigues (Org.). Talento criativo: expressão em múltiplos contextos. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007. p. 65-85.

OSINSKI, Dulce. Arte, história e ensino: uma trajetória. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

SANTOS, Andréa Temponi. Estudo da criatividade no Brasil: análise das teses/ dissertações em educação e psicologia (1970-1993). 1995. 91 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1995.

SILVA, Talita Fernanda da; NAKANO, Tatiana de Cássia. Criatividade no contexto educacional: análise de publicações periódicas e trabalhos de pós-graduação na área da psicologia. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 38, n. 3, p. 743-759, set. 2012. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022012000300014&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 17 dez. 2020. Epub 19-Jun-2012. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022012005000013.

VIGOTSKI, Lev Semiónovich. Imaginação e criação na infância. Apresentação e comentários de Ana Luiza Smolka. Tradução Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2009.

ZANELLA, Andréa Vieira; TITON, Andréia Piana. Análise da produção científica sobre criatividade em programas brasileiros de pós-graduação em psicologia (1994-2001). Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 305-316, mai./ago. 2005.

Downloads

Publicado

2021-07-21

Como Citar

Nin Ferreira, P. (2021). A criança ativa e a Escolinha de Arte do Brasil:: contribuições de uma experiência septuagenária. Revista VIS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Artes Visuais, 20(1), 97–108. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/article/view/38975

Edição

Seção

Dossiê 50 anos - Jornal Arte&Educação