Keyhole Art: Voyeurism, the Scopophilic Drive and the Appeal of Beckett’s Theatre
DOI:
https://doi.org/10.26512/vis.v13i2.14501Resumo
Um motivo aparentemente menor que ressoa através dos primeiros textos de ficção de Samuel Beckett, a escopofilia ou voyeurismo marca presença no conto "Walking Out". Voyeurismo para Freud era algo de dupla face, inexoravelmente ligado ao exibicionismo, e a correlação de ambos atravessa o teatro tardio de Beckett, muitas vezes chamado de "buraco da fechadura"ou "teatro do olho mágico". No teatro voyeurismo torna-se uma experiência estética, artística. A audiência incrementa sua cumplicidade no atos de voyeurismo que testemunha e essa atração para o que Freud denomina "instinto de visibilidade " ou exibicionismo, particularmente para a virtusiosidade do autor. Se o teatro de Beckett (e também muito de sua ficção) explora a complementariedade entre voyeurismo e exibicionismo, como este artigo sustenta, e toda literatura involve certa versão de invasão de privacidade, e o olhar, segundo Blau, "é compulsivo e nunca se satisfaz", o teatro, então se vincula mais diretamente com ocultar que revelar.Downloads
Referências
BECKETT, Samuel. Dream of Fair to middling Women, (Dublin: Black Cat Press, 1992).
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