Detecção de Simulação com o uso do Wisconsin Card Sorting Test e do Trail Making Test

Autores

  • Hugo Sousa Neurobios - Instituto de Neurociências, Diagnóstico e Reabilitação Integrada
  • Manuel Machado Neurobios - Instituto de Neurociências, Diagnóstico e Reabilitação Integrada
  • Jorge Quintas Universidade do Porto

Palavras-chave:

Simulação, Neuropsicologia forense, Wisconsin card sorting test, Trail making test

Resumo

Neste trabalho, tentamos identificar índices de simulação na avaliação neuropsicológica forense, através da avaliação dos padrões de resposta apresentados em provas neuropsicológicas. A amostra foi constituída por 56 sujeitos diagnosticados com traumatismo crânioencefálico. Todos se encontravam numa situação de possível recompensa monetária por incapacidade. Os instrumentos utilizados foram o Wisconsin Card Sorting Test (WCST), o Trail Making Test (TMT), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI), e a grelha de análise dos autos do processo. Cerca de 30% da amostra enquadrou-se no grupo de prováveis simuladores. Esta frequência vai de encontro ao esperado pela literatura. Verificou-se uma grande homogeneidade entre os indivíduos com e sem indicadores de simulação, a nível sintomatológico e características sócio-demográficas, o que reforça a necessidade de desenvolvimento de métodos eficazes na detecção da simulação.

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Publicado

2013-04-22

Como Citar

Sousa, H., Machado, M., & Quintas, J. (2013). Detecção de Simulação com o uso do Wisconsin Card Sorting Test e do Trail Making Test. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 29(1), 15–20. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17586