Equivalência de Estímulos e Autismo:

Uma Revisão de Estudos Empíricos

Auteurs-es

  • Camila Graciella Santos Gomes Universidade Federal de São Carlos
  • André Augusto Borges Varella Universidade Federal de São Carlos
  • Deisy das Graças de Souza Universidade Federal de São Carlos

Mots-clés :

Comportamento simbólico, Equivalência de estímulos, Aprendizagem relacional, Relações arbitrárias, Autismo

Résumé

O modelo de equivalência de estímulos oferece uma especificação operacional do comportamento simbólico e tem orientado o ensino e a verificação objetiva de repertórios novos. Pessoas com autismo, caracterizadas por apresentarem, entre outras alterações, graves déficits de linguagem, poderiam se beneficiar de estratégias baseadas neste modelo. Este artigo apresenta uma revisão de publicações de estudos empíricos com autistas, fundamentados no paradigma de equivalência. Os resultados mostraram sucesso de alguns participantes e fracasso de outros. Os fracassos parecem residir mais em dificuldades em aprender relações arbitrárias e menos na emergência de relações novas após aquisição da linha de base. O desafio para a área é desenvolver procedimentos que favoreçam a aprendizagem de relações arbitrárias e, consequentemente, a formação de classes de estímulos equivalentes.

 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Associação Americana de Psiquiatria. (2002). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - Texto revisado. 4ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas.
Bagaiolo, L. (2009). Padrões de aquisição de discriminação condicional durante a emergência do controle por unidades verbais mínimas em leitura em crianças com autismo e desenvolvimento típico. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Barros, R. S., Lionello-DeNolf, K. M., Dube, W. V., & McIlvane, W. J. (2006). A formação de classes de equivalência via pareamento por identidade e discriminação simples com consequências específicas para as classes. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 2(1), 79-92.
Carr, D., Wilkinson, K. M., Blackman, D., & McIlvane, W. J. (2000). Equivalence classes in individuals with minimal verbal repertoires. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 74(1), 101-114.
Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artmed.
da Hora, C. L. (2009). Procedimento go/no-go com estímulos compostos e relações condicionais emergentes em crianças com autismo. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
de Rose, J. C. (1998). Equivalência de estímulos: problemas atuais de pesquisa. Anais da XVIII Reunião Anual de Psicologia (pp.19-32). Ribeirão Preto: Sociedade de psicologia de Ribeirão Preto.
de Rose, J. C. (2004). Emparelhamento com modelo e suas aplicações. Em C. N. de Abreu, & H. J. Guilhardi (Orgs.). Terapia comportamental e cognitivo-comportamental: Práticas clínicas (pp. 215-225). São Paulo: Roca.
de Rose, J. C., de Souza, D. G., & Hanna, E. S. (1996). Teaching reading and spelling: Exclusion and stimulus equivalence. Journal of Applied Behavior Analysis, 27, 451-469.
Debert, P., Matos, M. A., & McIlvane, W. J. (2007). Conditional relations with compound abstract stimuli using a go/no-go procedure. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 87, 89-96.
Dixon, L. S. (1977). The nature of control by spoken words over visual stimulus selection. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 27, 433-442.
Dube, W. V. (1996). Teaching discriminations skills to persons with mental retardation. Em C. Goyos, M. A. Almeida, & D. G. de Souza (Orgs.), Temas em Educação Especial (pp. 73-96). São Carlos: EDUFSCar.
Dube, W., & McIlvane, W. (1995). Stimulus-reinforcer relations and emergent matching to sample. The Psychological Record, 45, 591-612.
Dunn, L.M., & Dunn, L.M. (1981). Peabody Picture Vocabulary Test: Revised. Circle Pines: American Guidance Service.
Eikeseth, S., & Smith, T. (1992). The development of functional and equivalence classes in high-functioning autistic children: The role of naming. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 58, 123-133.
Fields, L., Adams, B. J., Verhave, T., & Newman, S. (1990). The effects of modality on the formation of equivalence classes. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53(3), 345-358.
Filipek, P. A., Accardo, P. J., Baranek, G. T., Cook Jr., E. H., Dawson, G., Gordon, B., & cols. (1999). The screening and diagnosis of autistic spectrum disorders. Journal of Autism and Developmental Disorders, 29, 439-484.
Green, G., Sigurdardottir, Z. G., & Saunders, R. R. (1991). The role of instructions in the transfer of ordinal functions through equivalence classes. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 55, 287-304
Gomes, C. G. (2007). Desempenhos emergentes e leitura funcional em crianças com transtornos do espectro autístico. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.
Gomes, C. G., & de Souza, D. G. (2008). Desempenho de pessoas com autismo em tarefas de emparelhamento com o modelo por identidade: efeitos da organização dos estímulos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21(3), 412-423.
Horne, P. J., & Lowe, F. C. (1996). On the origins of naming and other symbolic behavior. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 65(1), 185-241.
Kanner, L. (1943). Affective disturbances of affective contact. Nervous Child, 2, 217-250.
Kelly, S., Green, G., & Sidman, M. (1998). Visual identity matching and auditory-visual matching: A procedural note. Journal of Applied Behavior Analysis, 31(2), 237”“243.
Kerr, N., Meyerson, L., & Flora, J. (1977). The measurement of motor, visual and auditory discrimination skills. Rehabilitation Psychology, 24, 95-112.
LeBlanc, L., Miguel, C. F., Cumming, A., Goldsmith, T., & Carr, J. E. (2003). The effects of three stimulus-equivalence testing conditions on emergent U. S. geography relations of children diagnosed with autism. Behavioral Interventions, 18, 279-289.
Lovaas, O. I. (2003). Teaching individuals with developmental delays. Austin, Tx.: PRO-ED.
Maguire, R. W., Stromer, R., Mackay, H. A., & Demis, C. A. (1994). Matching to complex samples and stimulus class formation in adults with autism and young children. Journal of Autism and Developmental Disorders, 24, 753-772.
Mesibov, G. B., Schopler, E., & Hearsey, A. (1994). Structured teaching. Em E. Schopler, & G. B. Mesibov (Eds.), Behavior issues in autism (pp. 195-210). New York: Plenum Press.
O’Connor, J., Rafferty, A., Barnes-Holmes, D., & Barnes-Holmes, Y. (2009). The role of verbal behavior, stimulus nameability and familiarity on the equivalence performances of autistic and normally developing children. Psychological Record, 59(10), 53-74.
Pilgrim, C., Jackson, J., & Galizio, M. (2000). Acquisition of arbitrary conditional discriminations by young, normally developing children. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 73, 177-194.
Prado, P. S. T., & de Rose, J. C. (1999). Conceito de número: uma contribuição da análise comportamental da cognição. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 15(3), 227-235.
Randell, T., & Remington, B. (1999). Equivalence relations between visual stimuli: The functional role of naming. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 71(3), 395-415.
Saunders, R., & Green, G. (1999). Discrimination analysis of training-structure effects on stimulus equivalence outcomes. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 72, 117-137.
Sidman, M. (1971). Reading and auditory-visual equivalences. Journal of Speech and Hearing Research, 14, 5-13.
Sidman, M. (1994). Equivalence relations and behavior: A research story. Boston: Authors Cooperative.
Sidman, M., & Cresson, O. (1973). Reading and crossmodal transfer of stimulus equivalencies in severe mental retardation. American Journal of Mental Deficiency, 77, 515-523.
Sidman, M., & Tailby, W. (1982). Conditional discrimination vs. matching to sample: An expansion of the testing paradigm. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 37, 5-22.
Sparrow, S., Balla, D. A., & Cicchetti, D. V. (1984). The Vineland Adaptive Behavior Scales. Circle River, MN: American Guidance Service.
Sundberg, M. L., & Partington, J. W. (1998). Teaching language to children with autism or other developmental disabilities. Danville, CA: Behavior Analysts, Inc.
Varella, A. A. B. (2009). Ensino de discriminações condicionais e avaliação de desempenhos emergentes em autistas com reduzido repertório verbal. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.
Vause, T., Martin, G. L., Yu, C. T., Marion, C., & Sakko, G. (2005). Teaching equivalence relations to individuals with minimal verbal repertoires: Are visual and auditory-visual discriminations predictive of stimulus equivalence? The Psychological Record, 55(2), 197-218.
Wilkinson, K. M., Rosenquist, C., & McIlvane, W. J. (2009). Exclusion learning and emergent symbolic category formation in individuals with severe language impairments and intellectual disabilities. The Psychological Record, 59, 187-206.
Williams, G., Pérez-González, L. A., & Queiroz, A. (2005). Using a combined blocking procedure to teach color discrimination to a child with autism. Journal of Applied Behavior Analysis, 38, 555-558.

Téléchargements

Publié-e

2011-02-11

Comment citer

Santos Gomes, C. G., Borges Varella, A. A., & das Graças de Souza, D. (2011). Equivalência de Estímulos e Autismo:: Uma Revisão de Estudos Empíricos. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 26(4), 729–737. Consulté à l’adresse https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17498

Numéro

Rubrique

Revisão da Literatura