A Transmissão Geracional da Violência na Relação Conjugal
Palabras clave:
Violência conjugal, Transmissão geracional, Teoria Familiar Sistêmica, Gênero, Relações conjugaisResumen
Trata-se de um estudo de caso, cujo objetivo foi investigar a transmissão geracional da violência e papéis estereotipados de gênero a partir da Teoria Familiar Sistêmica e da Teoria de Gênero, com um casal vítima de violência conjugal. Os instrumentos foram Entrevista do Ciclo de Vida Familiar e Genograma. As informações foram analisadas utilizando a Epistemologia construtivo-interpretativa. As análises apontaram que os cônjuges vivenciaram padrões relacionais violentos em suas famílias de origem, com papéis estereotipados de homem e mulher, baseados no modelo patriarcal e que as vivências de cada cônjuge em suas famílias de origem, influenciou o casal, em seu relacionamento, tanto na estereotipia de cada papel quanto na forma de lidar com as negociações e os conflitos conjugais.
Descargas
Citas
Almeida, L. S. de (2007). Mãe, cuidadora e trabalhadora: As múltiplas identidades de mães que trabalham. Revista do Departamento de Psicologia. UFF, 19(2), 411-422.
Araújo, M. F. (2002). Violência e abuso sexual na família. Psicologia em Estudo, 7(2), 3-11.
Bandeira, L. A. (2008). Contribuição da crítica feminista à ciência. Estudos Feministas, 16(1), 207-230.
Bandeira, L. A (2009). Três décadas de resistência feminista contra o sexismo e a violência feminina no Brasil: 1076 a 2006. Sociedade e Estado, 24(2), 401-438.
Bowen, M. (1978). Family therapy in clinical practice. Nova York: Jason Aronson.
Brasil. (2006). Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Retrieved from http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm>.
Brasil. Secretaria de Transparência. DataSenado. (2013). Violência doméstica e familiar contra a mulher. Brasília: Senado Federal. Retrieved from http://www.senado.gov.br/senado/datasenado/pdf/datasenado/DataSenado-Pesquisa-Violencia_Domestica_contra_a_Mulher_2013.pdf.
Brasil. (2015). Lei 13.104 de 09 de março de 2015. Lei do Femicídio. Retrieved from http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm.
Bucher-Maluschke, J. S. N. F. (2003a). Família, lócus de vivências: Do amor à violência. In T. Féres-Carneiro (Org.), Família e casal: Arranjos e demandas contemporâneas (pp.169-199). São Paulo: Loyola.
Bucher-Maluschke, J. S. N. F. (2003b). Relações conjugais em transformações e sofrimento psíquico: Uma sociedade em transição. In I. Costa, A. F. Holanda, F. Martins, & M. I. Tafuri (Orgs.), Ética, linguagem e sofrimento (pp. 295-305). Brasília: Positiva.
Bucher-Maluschke, J. S. N. F. (2004). Vínculo, afetividade e violência: Desafios para a família e a sociedade. In G. Maluschke, J. S. N. F. Bucher-Maluschke, & K. Hermanns (Orgs.), Direitos humanos e violência: Desafi os da ciência e da prática (pp. 157-170). Fortaleza: Fundação Konrad Adenaueur.
Campos, C. H. (2010). Lei Maria da Penha: Um novo desafio jurídico. In F. R. Lima & C. Santos (Orgs.), Violência doméstica: Vulnerabilidades e desafi os na intervenção criminal e interdisciplinar (pp. 21-37). Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Carter, B., & McGoldrick, M. (2001). As mudanças no ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a terapia familiar (2ª ed., A.V. Veronese, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1989)
Costa, L. F. (2010). A perspectiva sistêmica para a clínica da família. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(número especial), 95-104.
Delfino, V., Alves, Z. M. M. B., Sagim, M. B., & Venturini, F. P. (2005). A identificação da violência doméstica e da negligência por pais de camada médias populares. Revista Texto, Contexto e Enfermagem, 14, 38-46.
Diniz, D. (2011). Estereótipos de gênero nas cortes internacionais ”“ Um desafio à igualdade: Entrevista com Rebecca Cook. Estudos Feministas, Florianópolis, 19(2), 451-462.
Diniz, S., Portella, A. P., Ludermir, A. B., Valença, O., & Couto, M. T. (2007). Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil. Revista de Saúde Pública, 41(5), 797-807.
Falcke, D., & Féres-Carneiro, T. (2011). Refl exões sobre a violência conjugal ”“ Diferentes contextos, múltiplas expressões. In A. Wagner (Org.), Desafios psicossociais da família contemporânea ”“ Pesquisas e refl exões (pp. 72-85). Porto Alegre: Artmed.
Falcke, D., Oliveira, D. Z., Rosa, L. W., & Bentancur, M. (2009). Violência conjugal: Um fenômeno interacional. Contextos Clínicos, 2(2), 81-90.
Falcke, D., Rosa, L. W., & Madalena, M. (2012). Violência familiar: Rompendo o ciclo transgeracional e seguindo em frente. In M. N. Baptista & M. L. M. Teodoro (Orgs.), Psicologia de família ”“ Teoria, avaliação e intervenção (pp. 127-136). Porto Alegre: Artmed.
Falcke, D. & Wagner, A. (2011). A violência na conjugalidade: Possibilidades de intervenção. In T. Féres-Carneiro (Org.), Casal e Família: Conjugalidade, parentalidade e psicoterapia (pp. 149-160). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Féres-Carneiro, T. (2003). Separação: Doloroso processo de dissolução da conjugalidade. Estudos de Psicologia, 8(3), 367-374.
Féres-Carneiro, T., & Diniz-Neto, O. (2008). De onde viemos? Uma revisão histórico conceitual da psicoterapia de casal. Psicologia, Teoria e Pesquisa, 29(4), 487-496.
Ferres-Pérez, V., & Bosch-Fiol, E. (2014). Gender violence as a social problem: Spain atitudes and acceptability. Sex Roles, 70, 506”“521.
Figueiredo, D. G., Penso, M. A., & Almeida, T. M. C. (2012). Violência conjugal sob a ótica de mulheres no Itapoã. In M. A. Penso & T. M. C. Almeida (Orgs.), Direitos e conflitos psicossociais: Ações e interfaces disciplinares (pp. 57-74). São Paulo: Roca.
Flood, M., & Pease, B. (2009). Attitude to violence against women. Trauma, violence & abuse, 10(2), 125-142.
Fontana, M., & Santos, S. F. (2001). Violência contra a mulher. In Rede Nacional Feminista de Saúde e direitos reprodutivos - (Org.), Saúde da mulher e direitos reprodutivos: Dossiês (pp. 101-128). Retrieved from http:www.redesaude.org.br
Giddens, A. (1993). A transformação da intimidade: Sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Unesp.
Gil, A. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Gomes, I. C. (2005). Transmissão psíquica transgeracional e violência conjugal: Um relato de caso. Boletim de Psicologia, 55(123), 177-188.
González-Rey, F. (2005). Pesquisa qualitativa em psicologia: Caminhos e desafi os. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Goodrich, T. J., Rampage, C., Ellman, B., & Halstead, K. (1990). Terapia feminista da família (R. M. Garcia, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1988)
Goodrich, T. J. & Silverstein, L. B. (2005). Now you see it, now you don´t: Feminist training in family therapy. Family Process, 44(3), 267-281.
Granjeiro, I. (2012). Agressão conjugal mútua: Justiça restaurativa e Lei Maria da Penha. Curitiba: Juruá.
Haddock, S. A.; Zimmerman, T. S., & Phee, D. M. (2000). The power equity guide: Attending to gender in family therapy. Journal of Marital and Family Therapy, 26(2), 153-170.
Lima, D. C., Buchele, F., & Clímaco, D. A. (2008). Homens, gênero e violência contra a mulher. Revista Saúde e Sociedade, 17(2), 69-81.
Medrado, B., & Lyra, J. (2003). Nos homens, a violência de gênero. In Brasil (Org.), Programa de prevenção, assistência e combate à violência contra a mulher - Plano Nacional (pp. 21-26). Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
Minuchin, S. (1999). A estrutura. In P. Minuchin, J. Colapino, & S. Minuchin (Orgs.), Trabalhando com famílias pobres (M. F. Lopes, Trad., pp. 19-37). Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1998)
Minuchin, S. (2008). O encontro terapêutico In S. Minuchin, W. Lee, & G. M. Simon (Orgs.), Dominando a terapia familiar (G. Klein, Trad., pp. 99-122). Porto Alegre: Artmed. (Trabalho original publicado em 1996)
Mosmann, C. P. , Lomando, E., & Wagner, A. (2010). Coesão e adaptabilidade conjugal em homens e mulheres hetero e homossexuais. Barbaroi (33), 135-152.
Narvaz, M. G., & Koller, S. H. (2006a). Mulheres vítimas de violência doméstica: Compreendendo subjetividades assujeitadas. Revista PSICO, 37(1), pp. 7-13.
Narvaz, M. G., & Koller, S. H. (2006b). Metodologias feministas e estudo de gênero articulando pesquisa, clínica e política. Psicologia em Estudo, 11(3), 647-654.
Nascimento, C. R. R., & Trindade, Z. A. (2010). Criando meninos e meninas: Investigação com famílias de um bairro de classe popular. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 62(2), 187-200.
Papp, P. (1995). Prisioneiros do papel sexual. In M. Andolfi , C. Angelo, & C. Saccu (Orgs.), O casal em crise (S. F. Foá, Trad., pp. 147-154). São Paulo: Summus.
Papero, D. V. (1998). A teoria sobre os sistemas familiares de Bowen. In M. Elkaim (Org.), Panorama das terapias familiares (pp. 71-100). São Paulo: Summus.
Passos, L., & Penso, M. (2009). O papel da comunidade na aplicação e execução da justiça penal. Brasília: Esmpu.
Penso, M. A. (2003). Dinâmicas familiares e construção identitária de adolescentes envolvidos em atos infracionais e drogas (Tese de doutorado não publicada). Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
Ramos, M. E. C., & Oliveira, K. D. (2008). Transgeracionalidade percebida nos casos de maus-tratos. In M. A. Penso & L. F. Costa (Orgs.), A transmissão geracional em diferentes contextos: Da pesquisa à intervenção (pp. 99-122). São Paulo: Summus.
Ravazzola, M. C. (2007). Violência nas relações familiares. Pensando Famílias, 11(1), 11-28.
Ribeiro, M. A., & Albuquerque, M. (2008). Separação e recasamento: aspectos transgeracionais dos novos arranjos familiares. In M. A. Penso & L. F. Costa (Orgs.), A transmissão geracional em diferentes contextos: Da pesquisa à intervenção (pp. 224-250). São Paulo: Summus.
Ribeiro, M. A., & Bareicha, I. C. (2008). Investigando a transgeracionalidade da violência intrafamiliar. In M. A. Penso & L. F. Costa (Orgs.), A transmissão geracional em diferentes contextos: Da pesquisa à intervenção (pp. 251-281). São Paulo: Summus,
Rosa, L. W., & Falcke, D. (2011, Noviembre). Rompendo o ciclo de violência doméstica. Anais do III Congreso Internacional de Investigación y Práctica Profesional en Psicología XVIII. Jornadas de Investigación Séptimo Encuentro de Investigadores en Psicología del MERCOSUR. Facultad de
Psicología - Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, pp. 218-222.
Rosa, L. W., & Falcke, D. (2014). Violência conjugal: Compreendendo o fenômeno. Revista SPAGESP, 15(1), 17-32.
Rosa, E. M., & Lira, M. O. de S. C. e (2012). Intrafamiliar violence against children and adolescents: Support and overcoming network. Journal of Human Growth and Development, 22(2), 246-252.
Saffioti, H. I. B. (1999). Já se mete a colher em briga de marido e mulher. São Paulo em Perspectiva, 13(4), 82-91.
Saffioti, H. I. B. (2001). Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos Pagu, 16, 115-136.
Saffioti, H. I. B. (2004). Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
Silva, J. A., Strey, M. N., & Magalhães, A. S. (2011). Sobre a motivação para a conjugalidade. In S. Minuchin, M. P. Nichols, & W. Lee (Orgs.), Famílias e casais: Do sintoma ao sistema (J. M. Dellamora, Trad., pp. 32-46). Porte Alegre: Artmed.
Silva, I. M. da, Corrêa, C., & Lopes, R. de C. S. (2010). Em busca da “cara-metade”: Motivações para a escolha do cônjuge. Estudos de Psicologia (Campinas), 27(3), 383-391.
Swain, T. N. (2010). O grande silêncio: A violência da diferença sexual. In C. Stevens, K. C. T. Brasil, T. M. C. Almeida, & V. Zanello (Orgs.), Gênero e feminismos: Convergências (in) disciplinares (pp. 35-48). Brasília: Líbris.
Vasconcellos, M. J. E. (2002). Pensamento sistêmico: O novo paradigma da ciência. São Paulo: Papirus.
Walsh, F. (2005). Reconexão e reconciliação: Uma ponte sobre águas turbulentas. In Walsh, F. Fortalecendo a resiliência familiar (pp.265-298). São Paulo: Roca.
Walters, M. (1994). Uma perspectiva feminista da terapia de família. In R. J. Perelberg & A. C. Miller (Eds.), Os sexos e o poder nas famílias (M. C. B. Fernandes, Trad., pp. 27-46). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1990)