Relações Afetivas entre Irmãos em Situação de Acolhimento Institucional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e39411.pt

Palavras-chave:

Relação fraterna, Criança acolhida, Acolhimento institucional

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender as relações de afeto preservadas pelos irmãos crianças/adolescentes institucionalizados numa mesma instituição. A coleta de dados foi realizada em duas irmãs acolhidas em Brasília-DF, por meio do diário de campo, roteiro de análise documental, desenho-história com tema, colagem e entrevistas semiestruturadas. A partir dos resultados foram levantados os indicadores que orientaram a organização de duas das zonas de sentidos, baseada na metodologia desenvolvida por Gonzalez Rey: a) Memórias afetivas sobre a família de origem; b) Institucionalização e afeto na relação fraterna. Identificou-se a importância do grupo de irmãos para o estabelecimento do sentimento de segurança, proteção e pré-disposição para atitudes mais positivas e resilientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abranches, C. D., & Assis, S. G. (2011). A (in)visibilidade da violência psicológica na infância e adolescência no contexto familiar [The (in)visibility of psychological family violence in childhood and adolescence]. Cadernos de Saúde Pública, 27(5), 843-854. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000500003

Assis, S. G. A., & Farias, L. O. P. (2013). Levantamento nacional das crianças e adolescentes em serviço de acolhimento [National survey of children and adolescents in foster care] Hucitec.

Bowlby, J. (1990). Apego: A natureza do vínculo [Attachment] Martins Fontes.

Boszormenyi-Nagy, I., & Spark, G. M. (1973). Invisible loyalties: Reciprocity in Intergenerational Family Therapy American Medical Book Publisher. https://doi.org/10.1093/sw/21.1.80

Bowen, M. (1961). The family as the unit of study and treatment: Workshop, 1959: 1. Family psychotherapy. American Journal of Orthopsychiatry, 31(1), 40-60. https://doi.org/10.1111/j.1939-0025.1961.tb02106.x

Brasil. (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente [Statute of children and adolescent] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

Brasil. (2006). Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária [National plan to promote, protect and defend children and adolescents’ right to family and community living]

Bucher‐Maluschke, J. S. N. F., & Carvalho e Silva,J. (2018). O uso de instrumentos interventivos com crianças e adolescentes em acolhimiento institucional na perspectiva bioecológica [The use of interventive instruments with children and adolescents in foster care in the bioecological perspective]. In L. I. C. Cavalcante, C. M. C. Magalhães, L. da S. Corrêa, E. F. Costa, & D. A. Cruz (Eds.), Acolhimento institucional de crianças e adolescentes: Teorias e evidências científicas para boas práticas (pp. 315-324). Juruá.

Buck, J. N. (2003). H-T-P: Casa - Árvore - Pessoa. Técnica Projetiva de Desenho: Manual e Guia de Interpretação [H-T-P: House - Tree - Person. Drawing Projective Technich: Manual and Interpretation Guide] Vetor.

Cavalcante, L. I. C., & Cruz, D. A. (2018). Acolhimento institucional de crianças: Qualidade do ambiente e desenvolvimento [Institutional children care: Environment quality and development]. In L. I. C. Cavalcante , C. M. C. Magalhães , L. da S. Corrêa , E. F. Costa , & D. A. Cruz (Eds.), Acolhimento institucional de crianças e adolescentes: Teorias e evidências científicas para boas práticas (pp. 19-36). Juruá.

Cavalcante, L. I. C., Silva, S. S. da C., & Magalhães, M. C. (2010). Institucionalização e reinserção familiar de crianças e adolescentes [Institutionalization and family reintegration of children and adolescents]. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 10(4), 1147-1172. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v10n4/05.pdf

Coutinho, C. J. C., & Chaves, J. H. (2002). O estudo de caso na investigação em Tecnologia Educativa em Portugal [Case studies in Educative Techonology research in Portugal]. Revista Portuguesa de Educação, 15(1), 221-243. https://hdl.handle.net/1822/492

Creswell, J. W. (2013). Research design: Choosing among five approaches (4. Ed.). SAGE Publications.

Cruz, E. J. S. da, Pedroso, J. da S., & Costa, A. C. R. da. (2018). Interações de crianças e adolescentes com adultos e grupos de pares: Relações promotoras do desenvolvimento [Children and adolescents interactions with adults and peer groups: Relations that promote development]. In L. I. C. Cavalcante , C. M. C. Magalhães , L. da S. Corrêa , E. F. Costa , & D. A. Cruz (Eds.), Acolhimento institucional de crianças e adolescentes: teorias e evidências científicas para boas práticas (pp. 147-160). Juruá.

Fukuda, C. C., Penso, M. A., & Santos, B. R. (2013). Configurações sociofamiliares de crianças com múltiplos acolhimentos institucionais [Social and familiar setting of children who have gone through multiple shelter placements]. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 65(1), 70-87. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v65n1/v65n1a06.pdf

Goldsmid, R., & Féres-Carneiro, T. (2007). A função fraterna e as vicissitudes de ter e ser um irmão [The fraternal function and the vicissitudes of being and having a sibling]. Psicologia em Revista, 13(2), 293-308. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v13n2/v13n2a06.pdf

Gonzalez Rey, F. (2002). Pesquisa qualitativa em psicologia: Caminhos e desafios [Qualitative research in Psychology: Paths and challenges] Thompson.

Hall, E. D., & McNallie, J. (2016). The mediating role of sibling maintenance behavior expectations and perceptions in the relationship between family communication patterns and relationship satisfaction. Journal of Family Communication, 16(4), 386-402. https://doi.org/10.1080/15267431.2016.1215316

Holt, S., Buckley, H., & Whelan, S. (2008). The impact of exposure to domestic violence on children and young people: A review of the literature. Child Abuse & Neglect, 32(8), 797-810. https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2008.02.004

Lemos, S. de C. A., Gechele, H. H. L., & Andrade, J. V. de. (2017). Os vínculos afetivos no contexto de acolhimento institucional: Um estudo de campo [Affectional bond in the context of institutional care: A field study]. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 33, e3334. https://doi.org/10.1590/0102.3772e3334

McBeath, B., Kothari, B. H., Blakeslee, J., Lamson-Siu, E., Bank, L., Linares, L. O., … Shlonsky, A. (2014). Intervening to improve outcomes for siblings in foster care: Conceptual, substantive, and methodological dimensions of a prevention science framework. Children & Youth Services Review, 1(39), 1-10. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2013.12.004

Meynckens-Fourez, M. A. (2000). Fratria: O ponto de vista eco-sistêmico [Phratrie: The eco-systemic point of view]. In E. Tilmans-Ostyn & M. Meynckens-Fourez (Eds.), Os recursos da fratria (pp. 19-53). Artesã.

Minuchin, S., Lee, W., & Simon, G. M. (2008). Dominando a terapia familiar [Mastering family therapy: Journeys of growth and transformation] Artmed.

Minuchin, S., Nichols, M. P., & Lee, W. (2009). Famílias e casais: Do sintoma ao sistema [Assessing families and couples: From symptom to system] Artmed.

Miranda, G. L. (2017). Home services for children and adolescents: Feedback effects, reflections, and current challenges. Brazilian Journal of Public Administration, 51(2), 201-218. http://doi.org/10.1590/0034-7612160485

Mitchell, M. B. (2016). The family dance: Ambiguous loss, meaning making, and the psychological family in foster care. Journal of Family Theory & Review, 1(8), 360-372. https://doi.org/10.1111/jftr.12151

Moraes, M. C. L., & Rabinovich, E. P. (1996). Resiliência uma discussão introdutória [Resilience: An introductory discussion]. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 6(1-2), 20-23. https://doi.org/10.7322/jhgd.38369

Morais, N. A., Koller, S. H., & Raffaelli, M. (2012). Rede de apoio, eventos estressores e mau ajustamento na vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social [Social networks, stressful events and maladjustment in the lives of vulnerable children and adolescents]. Universitas Psychologica, 11(3), 779-791.

Moreira, M. I. C. (2014). Os impasses entre acolhimento institucional e o direito à convivência familiar [The impasses between institutional and the right to family life]. Psicologia & Sociedade, 26(spe2), 28-37. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000600004

Nichols, M. P., & Schwartz, R. C. (2007). Terapia familiar: Conceitos e métodos [Family therapy: Concepts and methods] Artmed.

Pearson, E., Beller, S., Edwards, N., & Levin-Rector, A. (2015). Reducing sibling conflict in maltreated children placed in foster homes. Prevention Science, 16(1), 211-221. https://doi.org/10.1007/s11121-014-0476-0

Relva, I. C., Alarcão, M., Fernandes, O. M., Carvalho, J., & Fauchier, A. (2019). Sibling conflict and parental discipline: The mediating role of family communication in Portuguese adolescents. Child and Adolescent Social Work Journal, 36, 295-304. https://doi.org//10.1007/s10560-019-00600-3

Sierra, V. M., & Mesquita, W. A. (2006). Vulnerabilidade e fatores de risco na vida de crianças e adolescentes [Vulnerability and risk factos in the life of children and adolescents]. São Paulo em Perspectiva, 20(1), 148-155. http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v20n01/v20n01_11.pdf

Stierlin, H. (1973). Group fantasies and family myth: Some theoretical and practical aspects. Family Process, 12, 111-125. https://doi.org/10.1111/j.1545-5300.1973.00111.x

Trinca, W. (2013). Procedimento de desenhos-estórias: Formas derivativas, desenvolvimentos e expansões [Drawing-and-story procedure] Vetor.

Weber, L., & Dessen, M. A. (2009). Pesquisando a família: Instrumento para coleta e análise de dados [Researching the family: instrument to data collection and analysis] Juruá.

Williams, J. S., Riggs, S. A., & Kaminski, P. L. (2016). A typology of childhood sibling subsystems that may emerge in abusive family systems. The Family Journal: Couseling and Therapy for Couples and Families, 24(4), 378-384. https://doi.org/10.1177/1066480716663182

Publicado

2023-07-07

Como Citar

Carvalho e Silva, J., Roque, A. C. F., & Penso, M. A. (2023). Relações Afetivas entre Irmãos em Situação de Acolhimento Institucional. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 39. https://doi.org/10.1590/0102.3772e39411.pt

Edição

Seção

Estudos Empíricos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)