A Revelação de Abuso Sexual:

As Medidas Adotadas pela Rede de Apoio

Autores/as

  • Luísa Fernanda Habigzang Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Michele da Silva Ramos Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Sílvia Helena Koller Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palabras clave:

Abuso sexual, Rede de apoio, Crianças, Adolescentes

Resumen

O presente estudo identificou e analisou as medidas adotadas pela rede de apoio de crianças e adolescentes após a revelação de abuso sexual. Participaram 40 meninas, entre oito e 16 anos, vítimas de abuso sexual. As medidas de proteção adotadas pela rede foram mapeadas através de entrevista semi-estruturada. A revelação foi feita aos pais em 42,5% da amostra e 92,5% das pessoas acreditaram. O abrigamento ocorreu em 35% dos casos e o restante permaneceu com a família que afastou o agressor. A atitude de confiança da família na revelação e a denúncia da violência constituíram-se em um fator de proteção. Contudo, o alto índice de abrigamento e o não acompanhamento efetivo do afastamento do agressor representaram fatores de risco.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Amazarray, M. R., & Koller, S. H. (1998). Alguns aspectos observados no desenvolvimento de crianças vítimas de abuso sexual. Psicologia Reflexão e Crítica, 11(3), 546-555.
Braun, S. (2002). A violência sexual infantil na família: Do silêncio à revelação do segredo. Porto Alegre: Age.
Briere, J., & Elliott, D. M. (2003). Prevalence and psychological sequelae of self-reported childhood physical and sexual abuse in a general population sample of men and women. Child Abuse & Neglect, 27, 1205-1222.
Berliner, L., & Conte J. R. (1995). The effects of disclosure and intervention on sexually abused children. Child Abuse & Neglect, 19, 371-384.
Brito, R. C., & Koller, S. H. (1999). Redes de apoio social e afetivo e desenvolvimento. In A. M. Carvalho (Ed.), O mundo social da criança: Natureza e cultura em ação (pp. 115-130). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Cohen, J. A, Mannarino, A. P., & Rogal, S. (2001). Treatment practices for childhood posttraumatic stress disorder. Child Abuse & Neglect, 25, 123-135.
Costa, M. C. O., Carvalho, R. C., Bárbara, J. F. R. S., Santos, C. A. S. T., Gomes, W. A., & Sousa, H. L. (2007). O perfil da violência contra crianças e adolescentes, segundo registros de Conselhos Tutelares: Vítimas, agressores e manifestações de violência. Ciência & Saúde Coletiva, 12(5), 1129-1141.
Duarte, J. C., & Arboleda, M. R. C. (2004). Sintomatologia, avaliação e tratamento do abuso sexual infantil. In V. Caballo (Ed.), Manual de Psicologia Clínica Infantil e do Adolescente: Transtornos Gerais (pp.293-321). São Paulo: Santos.
Elliott, A. N., & Carnes, C. N. (2001). Reactions of nonoffending parents to the sexual abuse of their child: A review of the literature. Child Maltreatment, 6(4), 314-331.
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Diário Oficial da União. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Brasília, DF.
Ferreira, A. L., & Schramm. F. R. (2000). Implicações éticas da violência doméstica contra criança para profissionais de saúde. Revista de Saúde Pública, 34(6), 659-665.
Fromer, L. (2002). O abrigo: Uma interface no atendimento à criança e ao adolescente vítimas de violência intrafamiliar. In D. C. A. Ferrari & T. C. C. Vecina (Eds.), O fim do silêncio na violência familiar (pp. 311-315). São Paulo: Ágora.
Furniss, T. (1993). Abuso sexual da criança: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artes Médicas.
Goodman-Brown, T, B., Edelstein, R. S., Goodman, G. S., Jones, D. P. H., & Gordon, D. S. (2003). Why children tell: A model of children’s disclosure of sexual abuse. Child Abuse & Neglect, 27, 525-540.
Gomes, R., Junqueira, M. F. P, Silva, C. O., & Junger, W. L. (2002). A abordagem dos maus-tratos contra a criança e o adolescente em uma unidade pública de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 7(2), 275-283.
Habigzang, L. F., Azevedo, G. A., Koller, S. H., & Machado, P. X. (2006). Fatores de risco e de proteção na rede de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(3), 379-386.
Habigzang, L. F., & Caminha, R. M. (2004). Abuso sexual contra crianças e adolescentes: Conceituação e intervenção clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Habigzang, L. F., Koller, S. H., Azevedo, G. A., & Machado, P. X. (2005). Abuso sexual infantil e dinâmica familiar: Aspectos observados em processos jurídicos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(3), 341-348.
Habigzang, L. F., Koller, S. H., Hatzenberger, R., Stroeher, F., Cunha, R. C., & Ramos, M. (2008). Entrevista clínica com crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Estudos em Psicologia, 13(3), 285-292.
Koller, S. H., & De Antoni, C. (2004). Violência intrafamiliar: Uma visão ecológica. In S. H. Koller (Ed.), Ecologia do desenvolvimento humano: Pesquisa e intervenção no Brasil (pp.293-310). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Kristensen, C. H. (1996). Abuso sexual em meninos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Maniglio, R. (2009). The impact of child sexual abuse on health: A systematic review of reviews. Clinical Psychology Review, 29, 647-657.
Maia, J. M. D., & Williams, L. C. A, (2005). Fatores de risco e fatores de proteção ao desenvolvimento infantil: Uma revisão da área. Temas em Psicologia, 13(2), 91”“ 103.
McCrone, P., Weeramanthri, T., Knapp, M., Rushton, A., Trowell, J., Miles, G., & Kolvin, I. (2005). Cost-effectiveness of individual versus group psychotherapy for sexually abused girls. Child and Adolescent Mental Health, 10(1), 26-31.
Ministério da Saúde Brasil. (2002). Notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde: Um passo a mais na cidadania em saúde. Brasília: Ministério da Saúde.
Muthi, M. & Espelage, D. L. (2005). Childhood sexual abuse, social support, and psychological outcomes: A loss framework. Child Abuse Neglect, 29, 1215-1231.
Runyon, M. K. & Kenny, M. C. (2002). Relationship of atribucional style, depression and post trauma distress among children who suffered physical or sexual abuse. Child Maltreatment, 7(3), 254-264.
Sanderson, C. (2005). Abuso sexual em crianças: fortalecendo pais e professores para proteger crianças de abusos sexuais. São Paulo: M. Books do Brasil.
Saywitz, K. J., Mannarino, A. P., Berliner, L,. & Cohen, J. A. (2000). Treatment for sexually abused children and adolescents. American Psychologist, 55(9), 1040-1049.
Sharma, B. R., & Gupta, M. (2004). Child abuse in Chandigarh, India, and its implications. Journal of Clinical Forensic Medicine, 11(5), 248-256.
Zavaschi, M. L. S., Telelbom, M., Gazal, C. H., & Shansis, F. M. (1991). Abuso sexual na infância: um desafio terapêutico. Revista de Psiquiatria/RS, 13(3), 136-145.

Publicado

2011-12-13

Cómo citar

Habigzang, L. F., da Silva Ramos, M., & Koller, S. H. (2011). A Revelação de Abuso Sexual:: As Medidas Adotadas pela Rede de Apoio. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 27(4), 467–473. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18334

Artículos más leídos del mismo autor/a