Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo:

Confronto de Paradigmas?

Autores/as

  • Valéria Barbieri Universidade de São Paulo

Palabras clave:

Epistemologia, Metodologia, Ciência, Psicodiagnóstico tradicional, Psicodiagnóstico interventivo

Resumen

A atividade psicodiagnóstica é valorizada na Psicologia por sustentar seu status científico e fundamentar a identidade profissional. Embora o Psicodiagnóstico Tradicional contraponha atividades avaliativas e terapêuticas, o Psicodiagnóstico Interventivo as aproximou, modificação que acarretou consequências epistemológicas e metodológicas. O presente estudo examinou essa alteração e suas consequências para o status científico da Psicologia e para a identidade profissional. Para tanto, realizou-se uma exposição dos paradigmas quantitativo e qualitativo de investigação e uma análise dos fundamentos epistemológicos e metodológicos dessas duas práticas. As conclusões revelam que o Psicodiagnóstico Interventivo encontrase coerentemente baseado na perspectiva qualitativa, ao contrário do Tradicional, que apresenta embates paradigmáticos internos. Diante disso, o Psicodiagnóstico Interventivo oferece aos psicólogos um modelo de identificação profissional mais sólido que o Tradicional.

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Publicado

2010-12-07

Cómo citar

Barbieri, V. (2010). Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo:: Confronto de Paradigmas?. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 26(3), 505–513. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17479

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