A Influência de Karl Popper na Psicologia Brasileira:

Uma Análise Bibliométrica

Autores/as

  • Saulo de Freitas Araújo

Palabras clave:

Epistemologia, Psicologia, Karl Popper

Resumen

A psicologia atravessa uma profunda crise de identidade. No Brasil, essa situação parece ser ainda mais grave, uma vez que os cursos de graduação tendem a supervalorizar a prática e negligenciar os fundamentos básicos da psicologia. Com isso, cria-se um distanciamento e uma certa tensão entre a ciência e a profissão, perniciosa para a formação profissional do psicólogo. O objetivo do presente trabalho foi investigar a influência do pensamento de Popper na psicologia brasileira, através da análise dos artigos publicados, entre 1986 e 1995, nos Arquivos Brasileiros de Psicologia e na Psicologia: Teoria e Pesquisa. Entre os principais achados constatou-se um número muito reduzido de artigos com referências a Popper, uma citação superficial de sua obra e uma ausência de discussões sobre as implicações concretas de sua filosofia da ciência para a psicologia. Esses resultados parecem corroborar a hipótese de que há uma carência de discussões metacientíficas na psicologia brasileira.


Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abib, J.A.D. (1998). Virada social na historiografia da psicologia e
independência institucional da psicologia. Psicologia: Teoria
e Pesquisa, 14(1), 77-84.
Altman, I. (1987). Centripetal and centrifugal trends in psychology.
American Psychologist, 42,1058-1069.
Bardin, L. (1994). Análise de conteúdo. (L.A. Reto & A. Pinheiro,
Trads.) Lisboa: Edições 70. (Trabalho original publicado em
1990)
Bower, G.H. (1993). The fragmentation of psychology? American
Psychologist, 48, 905-907
Danziger, К. (1987). Social context and investigative practice in
early twentieth-century psychology. Em M.G. Ash & W.R.
Woodward (Orgs.), Psychology in twentieth-century thought
and society (pp. 13-33). Cambridge: Cambridge University
Press.
Figueiredo, L.C. (1991). Matrizes do pensamento psicológico.
Petrópolis: Vozes.
Geuter, U. (1987). German psychology during the nazi period. Em
M.G. Ash & W.R. Woodward (Orgs.), Psychology in twentieth-
century thought and society (pp. 165-187). Cambridge:
Cambridge University Press.
Kimble, G.A. (1994). A frame of reference for psychology. American
Psychologist, 49, 510-519.
Koch, S. (1981). The nature and limits of psychological knowledge.
American Psychologist, 36, 257-269.
Koch, S. (1993). "Psychology" or "the psychological studies"?
American Psychologist, 48, 902-904.
Kuhn, T.S. (1992). A estrutura das revoluções científicas. (B.V.
Boeira & N. Boeira, Trads.) SãoPaulo: Perspectiva. (Trabalho
original publicado em 1970)
Lagache, D. (1988). A unidade da psicologia. (С. Felgueiras, Trad.)
Lisboa: Edições 70. (Trabalho original publicado em 1949)
Leahey, Т.Н. (1992). The mythical revolutions of american psychology.
American Psychologist, 47, 08-318.
Matarazzo, J.D. (1987). There is only one psychology, no specialities,
but many applications. American Psychologist, 42, 893-
903.
O'Donohue, W. (1993). The spell of Kuhn on psychology: an exegetical
elixir. Philosophical Psychology, 6, 267-287.
Penna, A.G. (1994). A dispersão do pensamento psicológico e a
impossibilidade de sua unificação. Arquivos Brasileiros de Psicologia,
46(1/2), 13-34.
Pereira, M.E., Araújo, S.F. & Vianna, S. (1995). Crenças e opiniões
de pesquisadores e profissionais da área de psicologia sobre
temas de metaciência da psicologia, (relatório de pesquisa
apresentado ao CNPq)
Pereira, M.E., Araújo, S.F. & Vianna, S. (1996). Crenças de psicólogos
sobre algumas questões metacientíficas: um estudo qualitativo,
(relatório de pesquisa apresentado ao CNPq)
Popper, K.R. (1993). A lógica da pesquisa científica. (L. Hegenberg
& O.S. Mota, Trads.) São Paulo: Cultrix. (Trabalho original
publicado em 1972)
Popper, K.R. (1994). Conjecturas e refutações. (S. Bath, Trad.)
Brasília: EDUNB. (Trabalho original publicado em 1972)
Radnitzky, G. (1970). Escolas contemporâneas de metaciência.
(M.H.S. Reis, Trad.) Lund (Suécia): Berlingska Boktryckeriet.
Robinson, D.N. (1982). Sistemas psicológicos do nosso tempo:
um esboço crítico. (V. Ribeiro, Trad.) Rio de Janeiro: Zahar.
(Trabalho original publicado em 1979).
Robinson, D.N. (1985). Philosophy of psychology. New York: Columbia
University Press.
Rodriguez Kauth, A. (1991). El jolgorio maniqueo por el velorio
del socialismo у la universalizacion del capitalismo. Arquivos
Brasileiros de Psicologia, 43 (1/2), 98-106.
Rychlak, J.F. (1993). A suggested principle of complementarity
for psychology. American Psychologist, 48, 933-942.
Schneider, S.F. (1990). Psychology at a crossroads. American Psychologist,
45, 521-529.
Spence, J.T (1987). Centrifugal versus centripetal tendencies in
psychology. American Psychologist, 42, 1052-1054.
Staats, A.W. (1991). Unified positivism and unification psychology.
American Psychologist, 46, 899-912.

Publicado

2012-09-12

Cómo citar

de Freitas Araújo, S. (2012). A Influência de Karl Popper na Psicologia Brasileira:: Uma Análise Bibliométrica. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 14(2), 111–119. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17316