Desinstitucionalização ou transinstitucionalização:

lições de alguns países

Autores/as

  • Marina Bandeira FUNREI - São João Del Rei

Resumen

RESUMO - O projeto de política de saúde mental do Brasil apresenta características semelhantes às de vários outros países. Estes, porém, já convivem com os erros e limites desta política e já apontam seus mitos e dificuldades: falta de apoio financeiro suficiente para criar serviços comunitários adequados, falta de formação, preparação e engajamento da comunidade no acolhimento ao doente mental, dificuldade de coordenação dos diversos setores dos serviços oferecidos, divergências ideológicas entre os trabalhadores da saúde mental, membros das equipes interdisciplinares, falta de tolerância com os sub-grupos mais deficientes de pacientes, falta de um atendimento permanente a cada paciente. Esta configuração tem levado a resultados difíceis: o aumento dos casos tratados fora dos hospitais é acompanhado de aumento também dos casos tratados em instituição, numa taxa maior que a do crescimento da população. Muitas instituições na comunidade diferem pouco dos hospitais psiquiátricos. Observa-se um problema de obstrução das unidades psiquiátricas e das emergências de hospitais gerais, que têm se tornado a porta de entrada do paciente. Observa-se um aumento de re-hospitalizações de um contingente de pacientes jovens, pobres, desempregados, itinerantes, que acabam sendo recolhidos pela igreja ou transitam nas ruas ou prisões. Uma discussão generalizada sobre as conseqüências da desinstitucionalização se impõe, para utilizar positivamente a experiência de outros países.

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Publicado

2012-08-15

Cómo citar

Bandeira, M. (2012). Desinstitucionalização ou transinstitucionalização:: lições de alguns países. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 6(2), 171–182. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17092