A Vivência de Mães e Pais de Bebês Prematuros com Doença Ocular

Autores

  • Alcione Aparecida Messa Universidade Federal de São Paulo
  • Ricardo Belfort Mattos Universidade Federal de São Paulo
  • Juliana Maria Ferraz Sallum Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e35nspe5

Palavras-chave:

Retinopatia da prematuridade, Deficiência visual, Relações pais-filho

Resumo

Esta pesquisa tem por objetivo identificar os aspectos psicológicos da experiência de mães e pais em relação à retinopatia da prematuridade (ROP) de seus filhos através de entrevista psicológica. As entrevistas foram transcritas e analisadas segundo a técnica de análise de conteúdo. O impacto do diagnóstico variou de acordo com a expectativa dos pais e a compreensão sobre a doença, sendo amenizado pelo suporte familiar e profissional. As dificuldades foram sentidas em relação ao posicionamento social da criança e suas limitações. Mães e pais adiaram projetos, apresentaram insegurança e receio de sequelas futuras. A assistência psicológica pode ocorrer desde o momento do diagnóstico, levando em consideração os significados compartilhados, promovendo a adequação de expectativas e priorizando a qualidade de vida da família.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alcione Aparecida Messa, Universidade Federal de São Paulo

Ambulatório de Estimulação Visual Precoce do Setor de Baixa Visão do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo

Ricardo Belfort Mattos, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo

Juliana Maria Ferraz Sallum, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo  

Referências

Asproudis, I. C., Andronikou, S. K., Hotoura, E. A., Kalogeropoulos, C. D., Kitsos, G. K., & Psilas, K. E. (2002). Retinopathy of prematurity and other ocular problems in premature infants weigh ingless than 1500g at birth. European Journal of Ophthalmology, 12(6), 506-11.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Birch E. E, Cheng C. S, & Felius J. (2007). Validity and reliability of the children’s visual function questionnaire (CVFQ). JAAPOS, 11(5), 473-479.

Black, B. P., Holditch-Davis, D., & Miles, M. S. (2009). Life course theory as a framework to examine becoming a mother of a medically fragile preterm infant. Research in Nursing & Health, 32(1), 38-49.

Bleger, J. (2003). Temas de Psicologia: Entrevista e grupos. São Paulo: Martins Fontes.

Brett, J., Staniszewska, S., Newburn, M., Jones, N., & Taylor, L. (2011). A systematic mapping review of effective interventions for communicating with, supporting and providing information to parents of preterm infants. BMJ Open. 1(1), e000023.

Brunhara, F., & Petean, E. B. (1999). Mães e filhos especiais: Reações, sentimentos e explicações à deficiência da criança. Paidéia, 9(16), 31-40.

Cardoso-Demartini, A. A., Bagatin, A. C., Silva, R. P., & Boguszewski, M. C. (2011). Crescimento de crianças nascidas prematuras. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 55(8), 534-40.

Carvalho, J. B., Araújo, A. C., Costa, I. C., Brito, R. S., & Souza, N. L. (2009). Representação social de pais sobre o filho prematuro na unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem, 62(5), 734-8.

Cryotherapy for Retinopathy of Prematurity Cooperative Group. (1988). Multi centertrial of cryotherapy for retinopathy of prematurity: preliminary results. Pediatrics, 81(5), 697-706.

Ferrari, S., Zaher, V. L., & Gonçalves, M. J. (2010). O nascimento de um bebê prematuro ou deficiente: Questões de bioética na comunicação do diagnóstico. Psicologia USP, 21(4), 781-808.

Fiamenghi, G. Jr, & Messa, A. A. (2007). Pais, filhos e deficiência: Estudos sobre as relações familiares. Psicologia: Ciência e Profissão, 27(2):236-45.

Figueiredo, M. O., Paiva e Silva, R. B., & Nobre, M. I. (2009). Diagnóstico de baixa visão em crianças: Sentimentos e compreensão de mães. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 72(6), 766-70.

Flacking, R., Lehtonen, L., Thomson, G., Axelin, A., Ahlqvist, S., Moran, V. H., ... Dykes, F. (2012). Closeness and separation in neonatal intensive care. Acta Pædiatrica, 101, 1032-1037.

Gilbert, C. (2008). Retinopathy of prematurity: A global perspective of the epidemics, population of babies at risk and implications for control. Early Human Development, 84(2), 77-82.

Graziano, R. M., & Leone, C. R. (2005). Problemas oftalmológicos mais frequentes e desenvolvimento visual do pré-termo extremo. Jornal de Pediatria, 81(Supl), S95-S100.

Holditch-Davis., D, Miles, M. S., Weaver, M. A., Black, B., Beeber, L., Thoyre, S., & Engelke, S. (2009). Patterns of distress in african american mothers of preterm infants. Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics, 30(3), 193-205.

Kandel, I., & Merrick, J. (2003). The birth of a child with disability coping by parents and siblings. Scientific World Journal, 3, 741-50.

Lamas, F. M, Sampaio, P. R., & Rehder, J. R. (2010). Características e percepções de pais de lactentes portadores de baixa visão em serviço universitário de reabilitação visual. Pediatria, 32(3), 173-176.

Lindberg, B., & Öhrling, K. (2008). Experiences of having a prematurely born infant from the perspective of mothers in northern Sweden. International Journal of Circumpolar Health, 67(5), 461-471.

López-Amaral, B. S., & Fuente-Torres, M. A. (2011). Hallazgos oftalmológicos en pacientes de dos a siete años de edad con antecedente de prematurez. Revista Mexicana de Oftalmologia, 85(3), 130-135.

Marchetti, D., & Moreira, M. C. (2015). Vivências da prematuridade: A aceitação do filho real pressupõe a desconstrução do bebê imaginário? Revista Psicologia e Saúde, 7(1), 82-89.

Medeiros, C. S., & Salomão, N. M. (2012). Concepções maternas sobre o desenvolvimento da criança deficiente visual. Revista Brasileira de Educação Especial, 18(2), 283-300.

Messa, A. A., Mattos, R. B., Areco, K. C., & Sallum, J. M. (2015). Vision-related quality of life in children with retinopathy of prematurity.Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 78(4), 224-228.

Melnyk, B. M., Crean, H. F., Feinstein, N. F., & Fairbanks, E. (2008). Maternal anxiety and depression following a premature infants’ discharge from the NICU: Explanatory effects of the COPE program. Nursing Research, 57(6), 383-394.

Souza, N. C, Lima, A. C., Gagliardo, H. G., Albuquerque, R. C., Cardoso, T. C., Cavalcanti, F. R., & Coêlho, R. E. A. (2011). Comportamento visual e perfil socioeconômico e demográfico de recém-nascidos prematuros da Maternidade do Hospital das Clínicas de Pernambuco - UFPE. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 74(1), 33-36.

Souza, N. L., Pinheiro-Fernandes, A. C., Clara-Costa, I. C., Cruz-Enders, B., Carvalho, J. B., & Silva, M. L. (2010). Domestic maternal experience with preterm newborn children. Revista de Salud Publica, 12(3), 356-367.

Tavares, G. R., Mota, J. A., & Magro, C. (2006). Visão sistêmica da prematuridade: As interações entre família e equipe de saúde diante do recém-nascido pré-termo em UTI neonatal. Revista Paulista de Pediatria, 24(1), 27-34.

Treyvaud, K., Anderson, V. A., Lee, K. J., Woodward, L. J., Newnham, C., Inder, T. E., Anderson, P. J. (2010). Parental mental health and early social-emotional development of children born very preterm. Journal of Pediatric Psychology, 35(7), 768-777.

Tronchin, D. M., & Tsunechiro, M. A. (2005). A experiência de tornarem-se pais de prematuro: Um enfoque etnográfico. Revista Brasileira de Enfermagem, 58(1), 49-54.

Vasconcelos, M. G., Leite, A. M., Scochi, C. G. (2006). Significados atribuídos à vivência materna como acompanhante do recém-nascido pré-termo e de baixo peso. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 6(1), 47-57.

Viana, V., Guimarães, H., Maia, T., Ramos, M., Mendes, F. (2005). Apoio à s mães em crise num serviço de neonatologia. Psicologia, Saúde & Doenças, 6(2), 119-130.

Publicado

2019-02-25

Como Citar

Messa, A. A., Mattos, R. B., & Sallum, J. M. F. (2019). A Vivência de Mães e Pais de Bebês Prematuros com Doença Ocular. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 35(Especial). https://doi.org/10.1590/0102.3772e35nspe5

Edição

Seção

Estudos Empíricos