Classes De Estímulos:

Implicações Para Uma Análise Comportamental Da Cognição

Autores

  • Júlio C. de Rose Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave:

Classes de estímulos, Equivalência de estímulos, Conceitos, Pensamento, Significado

Resumo

Pensar é, como diz Borges, esquecer diferenças. Para isto é necessário formar classes relacionando estímulos singulares: objetos, eventos ou qualidades. Classes de estímulos podem ser baseadas em similaridade física ou presença de atributos comuns, ou podem ser estabelecidas através de relações arbitrárias entre estímulos. Alguns tipos de relações arbitrárias podem dar origem a relações de equivalência entre estímulos. Estas relações de equivalência implicam na ocorrência de desempenhos emergentes, de tal modo que o indivíduo aprende mais do que foi explicitamente ensinado. Funções adquiridas diretamente por um estímulo podem transferir-se para estímulos equivalentes. A equivalência de estímulos e transferência de funções variam de acordo com o contexto, e estão subjacentes à compreensão do significado. A pesquisa sobre equivalência de estímulos tem contribuído para o desenvolvimento de procedimentos que produzem desempenhos emergentes em situações educacionais (como, por exemplo situações de alfabetização) com indivíduos deficientes mentais ou com dificuldades de aprendizagem.

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Publicado

2013-04-25

Como Citar

C. de Rose, J. (2013). Classes De Estímulos:: Implicações Para Uma Análise Comportamental Da Cognição. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 9(2), 283–303. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17219