Aspectos Históricos E Epistemológicos Da Abordagem Behaviorista:

Sobre A Transição Entre O Behaviorismo Clássico E O Neobehaviorismo

Autores

  • Jair Lopes-Júnior Universidade Estadual Paulista - Bauru

Palavras-chave:

Behaviorismo clássico, Neobehaviorismo, Positivismo lógico, Privacidade

Resumo

O objetivo do presente estudo consistiu em verificar se as condições nas quais ocorreu a priorização da dimensão metodológica, bem como as influências deste fato nas possibilidades de estudo dos eventos não públicos numa ciência do comportamento poderiam caracterizar histórica e metodologicamente duas modalidades distintas na abordagem behaviorista: o behaviorismo Clássico (Watsoniano) e o neobehaviorismo. Procedeu-se à análise teórica do material bibliográfico concernente à caracterização: a) do behaviorismo proposto por Watson; b) das relações entre esta versão inicial e o neobehaviorismo. Como dados resultantes desta análise caberia apontar que: a) a consecução do projeto de conversão da psicologia numa ciência natural, elaborado por Watson, evidenciou: i) a prioridade do aspecto metodológico; ii) a necessidade de uma fundamentação epistemológica desta prioridade; b) uma das principais características do neobehaviorismo consistiu em buscar esta sustentação no positivismo lógico; c) o estudo das relações entre behaviorismo e positivismo lógico não é algo isento de controvérsias interpretativas. Estes resultados sugerem que estas relações poderiam se constituir em critério de diferenciação das versões existentes na abordagem behaviorista, com implicação direta na demarcação do behaviorismo Radical.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ayer, A.J. (1978). El positivismo lógico. Madrid: Fondo de Cultura Econômica.
Harrell, W.; Harrison L. (1938). The rise and the fall of behaviorism. Journal of General
Psychology, 18, 367-421.
Herrnstein, R. J. (1973). Introduction to John Watson's Comparative Psychology. Em M. Henle; J. Jaynes; J. J. Sullivan (Orgs.) Historical conceptions of psychology.
New York: Springer. (p.98-115).
Hocutt, M. (1985). The Truth in Behaviorism: A Review of G.E. Zuriff, Behaviorism: A
Conceptual Reconstruction. Behaviorism, 73(1), 77-82.
Koch, S. (1964). Psychology and Emerging Conceptions of Knowledge as Unitary. In
T. S. WANN, (Orgs.) Behaviorism and phenomenology: Contrasting bases for
modem psychology. Chicago: University of Chicago Press. (p. 1-45)
Mace, A.C. (1948). Some implications of analytical behaviorism. Aristotelian Society
XLIX, 1-16.
Mackenzie, B. (1977). Behaviorism and the limits of scientific methods. London:
Routledge and Kegan Paul.
Skinner, B. F. (1964). Behaviorism at Fifty. In T.S. Wann, (Org.) Behaviorism and
phenomenology: Contrasting bases of modem psychology. Chicago: University
of Chicago Press.(p.79-108)
Skinner, B. F. (1974). About Behaviorism. New York: Knopf
Smith, L. (1989). Behaviorism and logical positivism. Stanford: Stanford University
Press.
Watson, J. (1963). Behaviorism. Chicago: University of Chicago Press.
Zuriff, G. E. (1984). Radical behaviorism and theoretical entities. The Behavioral and
Brain Sciences, 7(4), p. 572.
Zuriff, G. E. (1985). Behaviorism: A conceptual reconstruction. New York: Columbia
University Press.

Downloads

Publicado

2013-04-25

Como Citar

Lopes-Júnior, J. (2013). Aspectos Históricos E Epistemológicos Da Abordagem Behaviorista:: Sobre A Transição Entre O Behaviorismo Clássico E O Neobehaviorismo. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 9(2), 271–282. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17218