Elaboração e Validação de um Instrumento para Avaliar Tipos de Pensamento Através da Interpretação de Provérbios

Autores

  • Cleuza Beatriz Baptista da Silva
  • José Fernando Bitencourt Lomônaco

Palavras-chave:

Teste de provérbios, Desenvolvimento cognitivo, Pensamento concreto e abstrato

Resumo

Foi elaborado e validado um instrumento destinado a avaliar tipos de pensamento - concreto e abstrato - através da interpretação de provérbios. O trabalho foi desenvolvido nas etapas que se seguem. 1) Arrolamento e seleção de 104 provérbios comumente usados em nosso meio. 2) Avaliação da familiaridade e inteligibilidade das palavras dos provérbios por um grupo de crianças. Os provérbios que apresentaram dificuldades de compreensão foram eliminados. 3) Avaliação da familiaridade dos provérbios por dez juizes adultos. 4) Análise da validade de conteúdo do instrumento. Para cada provérbio foram elaboradas três alternativas de resposta, concreta, abstrata e irrelevante. Cinco juizes avaliaram tais alternativas como indicativas de concretude ou abstração, ou como desligadas quer do sentido literal quer do sentido metafórico do provérbio. Apenas as alternativas que apresentaram um alto grau de concordância entre os juizes foram aceitas. 5) Análise do poder discriminativo e da precisão do instrumento, através de sua aplicação a 195 crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos. A análise estatística revelou um instrumento com alto poder discriminativo e elevada precisão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Anastasi, A. (1977). Testes psicológicos. (2a ed.). São Paulo: Editora
Pedagógica e Universitária.
Boesky, D. (1976). Proverbs and psychoanalysis. The Psychoanalytic
Quarterly, 65, 539-564.
Elmore, CM. & Gohram, D.R. (1957). Measuring the impairment
of the abstracting function with the Proverbs Test. Journal of
Clinicai Psychology, 13, 263-266.
Fogel, M.L. (1965). The Proverbs Test in the appraisal of cerebral
disease. The Journal of General Psychology, 72, 269-275.
Gohram, D.R. (1956a). Proverbs Test - Best Answerform. Psychological
Test Specialists.
Gohram, D.R. (1956b). Use of the Proverbs Test for differentiating
schizofrenics from normais. Journal of Consulting Psychology,
20(6), 435-40.
Holanda, A.B. (1975). Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira.
Kemper, S. (1981). Comprehension and the interpretation of proverbs.
Journal of Psycholinguistic Research, 10, 179-198.
Kim, P.S., Siomopoulos, G. & Cohen, R.J. (1977). Verbal abstraction
and culture: an exploratory study with proverbs. Psychological
Reports, 41, 967-972.
Levin, J. (1987). Estatística aplicada a ciências humanas. São
Paulo: Harbra Editora.
Lomônaco, J.F.B., Faria, A.R., Martins Neto, H., Amêndola, M.B.
& Martins, R.H.S.C. (1981). A interpretação de provérbios em
função do sexo e da idade. Psicologia: Ciência e Profissão, 2,
69-86.
Martin, W.T. (1967). Analysis of the abstracting function in reasoning
using an experimental test. Psychological Reports, 21,
593-598.
Mota, L. (1973). Adagiário brasileiro. Fortaleza: Editora da Universidade
Federal do Ceará.
Page, M.H. & Washington, N.D. (1987). Family proverbs and value
transmission of single black mothers. The Journal of Social
Psychology, 127, 48-58.
Piaget, J. (1961). A linguagem e o pensamento da criança. Rio de
Janeiro: Editora Fundo de Cultura.
Siegel, S. (1975). Estatística não-paramétrica para as ciências do
comportamento. São Paulo: Editora McGraw-Hill do Brasil.

Downloads

Publicado

2012-09-20

Como Citar

Silva, C. B. B. da, & Lomônaco, J. F. B. (2012). Elaboração e Validação de um Instrumento para Avaliar Tipos de Pensamento Através da Interpretação de Provérbios. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 11(1). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17215