A garantia do direito à educação dos adolescentes do IFG Águas Lindas no contexto de pandemia do coronavírus
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.5985049Palavras-chave:
pandemia, direito à educação, ensino médio integrado, escola pública, assistência estudantil, Brasil, GoiásResumo
O trabalho tem como objetivo apresentar os desafios e as estratégias utilizadas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Águas Lindas, para a garantia do direito à educação dos adolescentes matriculados nos cursos técnicos integrados ao ensino médio no contexto da pandemia do coronavírus. Frente às dificuldades impostas pela pandemia, o IFG Águas Lindas desenvolveu ações coletivas, especialmente nos âmbitos do ensino e da assistência estudantil, com o intuito de minimizar os efeitos da pandemia entre os estudantes e garantir o direito à educação dos adolescentes matriculados no ensino médio. A partir da observação participante e entrevista com servidores da Coordenação de Assistência Estudantil, Coordenação de Apoio Pedagógico e do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas, foi possível identificar que, além da oferta de ensino remoto emergencial por meio de encontros síncronos e atividades assíncronas ofertadas na plataforma Moodle ou material impresso; o IFG ofertou auxílio conectividade para pagamento de internet; empréstimos de aparelhos tecnológicos e chips de acesso à internet; apoio pedagógico e psicológico aos estudantes com dificuldades; editais de incentivo à agricultura familiar e à confecção de máscaras para serem distribuídas para a comunidade e incentivar a economia local; as campanhas Solidariza IFG e Águas Lindas Solidária, em articulação com a rede intersetorial local, para a entrega de cestas básicas. Estas iniciativas, de natureza pedagógica e assistencial, contribuíram para o baixo índice de evasão dos adolescentes do IFG Águas Lindas em decorrência da pandemia do coronavírus. Entretanto, com o retorno das atividades presenciais, aponta como desafio o enfrentamento às violações de direitos agravadas pelo contexto pandêmico, carecendo trabalhar de forma cada vez mais integrada à uma rede de proteção fortalecida com estrutura para apoiá-la nas inúmeras demandas que extrapolam à sua competência, mas interferem diretamente na garantia do direito à educação que é responsabilidade da escola.
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