Instituições do Estado desenvolvimentista na América Latina no contexto pósneoliberal: os casos do Brasil e Argentina em perspectiva comparada
DOI:
https://doi.org/10.21057/repam.v6i2.8189Palavras-chave:
Instituições. Estado desenvolvimentista. Brasil. Argentina.Resumo
O artigo analisa características do Estado desenvolvimentista no período pós-neoliberal no Brasil e na Argentina. A emergência de uma fase pós-neoliberal na América Latina está associada, ainda que sob diferentes matizes ideológicas, à ideia de expansão de políticas sociais e à retomada do papel do Estado na formulação e incentivo a estratégias de desenvolvimento econômico. Um aspecto fundamental para a eficácia das estratégias de desenvolvimento são as instituições e organizações envolvidas politica e economicamente. Como mostra a literatura, o desafio de construir um Estado desenvolvimentista requer a combinação de um Estado facilitador com uma estratégia de upgrading industrial acompanhada de aumento da inclusão social. Uma diferença relevante no caso brasileiro em relação ao caso argentino foi a permanência de instituições que foram construídas durante o período desenvolvimentista, com especial destaque para o BNDES. Ao verificar a relação entre Estado e desenvolvimento nos dois países, foi possível identificar quatro diferenças fundamentais do Brasil em relação à Argentina; uma forte instituição financeira de desenvolvimento e instituições financeiras públicas, uma maior capacidade estatal com uma burocracia estável e meritocrática no caso brasileiro, políticas sociais de longo prazo e uma relação mais cooperativa entre Estado e empresariado.
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