Política criminal e violência estrutural

debates sobre o enfrentamento ao populismo penal no Brasil

Autores

  • Carolina Costa Ferreira Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
  • Alekssandro Libério Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP)

Palavras-chave:

Direitos Humanos, Populismo Penal, Criminologia Crítica, Política Criminal

Resumo

O trabalho discute a violência estrutural e sua estreita relação com o populismo penal, política criminal em curso no Brasil e na América Latina. O texto analisa analisar em que medida a violência estrutural compromete os direitos humanos no Brasil. Para tanto, a violência estrutural será examinada a partir de dois marcos fáticos: as recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil e o reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) pelo Supremo Tribunal Federal, em 2015. O argumento do texto se orienta no sentido de que a violência estrutural é concretamente sentida pelos grupos mais vulneráveis e, simbolicamente, se constitui como política criminal em curso, tornando inócuas decisões de cortes internacionais ou constitucionais. Conclui-se, sob a perspectiva da Criminologia Crítica, que o populismo penal representa uma ameaça aos direitos humanos tanto pela sua violação sistemática e pela consideração das pessoas como objetos da política criminal, e não como sujeitos, por meio da relativização de direitos e garantias fundamentais em prol de um eficaz “combate à criminalidade”. O texto aponta agendas possíveis de pesquisa para o enfrentamento desta questão estrutural, tanto de forma teórica quanto propositiva.

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Biografia do Autor

Carolina Costa Ferreira, Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa

Doutora em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP - DF). Professora da Graduação em Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB-DF). Colíder do Observatório de Direitos Humanos (CNPq/IDP) e Líder do Grupo de Pesquisa “Criminologia do Enfrentamento” (CNPq/CEUB). Coordenadora do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais no Distrito Federal (IBCCrim – DF). Advogada criminalista feminista.

Alekssandro Libério, Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP)

Mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Professor Titular na Faculdade Raimundo Sá (URSA – Picos – PI). Pesquisador do Observatório de Direitos Humanos (CNPq/IDP). Advogado.

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Publicado

30.12.2021

Como Citar

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