HARTMANN, NIETZSCHE E O ANTICRISTO
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842021e39567Palabras clave:
Hartmann; Inconsciente; Anticristo; Secularização; Transvaloração.Resumen
Neste artigo aventaremos a hipótese de que o livro O Anticristo, escrito por Nietzsche em 1888, pode ser compreendido como um cumprimento irônico da “profecia” de Eduard von Hartmann, em seu livro Filosofia do inconsciente (de 1869), acerca de uma era secular da humanidade onde o cristianismo não seria mais do que uma sombra. Para chegar a esta afirmação é necessário inicialmente retomar o livro Filosofia do inconsciente de Hartmann e o modo como o termo Anticristo é usado por ele. Posteriormente, deve-se destacar como o próprio Nietzsche o leu e o citou em seu escrito Sobre a utilidade e desvantagem da história para a vida (de 1873) e em seus demais escritos, até por fim seu livro intitulado O Anticristo. Como sugerimos, o nome “Anticristo”, portanto, era apropriado para intitular o livro que trazia a transvaloração de todos os valores cristãos com o qual Nietzsche acreditava desferir um ataque mortal ao cristianismo e possibilitar assim as condições para que houvesse uma renovação cultural em que os valores da cristandade fossem, de fato, superados.
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