Ideias Fundamentais Sobre a Natureza na China e no Japão

Autores/as

  • Edrisi Fernandes Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/2358-82842018e29672

Palabras clave:

Filosofia Chinesa, Filosofia Japonesa, Confucionismo, Daoísmo/Taoísmo, Xintoísmo.

Resumen

São apresentadas aqui algumas ideias fundamentais sobre a “Natureza” no pensamento da China e do Japão. A atitude tradicional tanto na especulação mais racional quanto na reflexão mais existencial dessas regiões naturais e históricas caracteriza-se usualmente por um respeito profundo e pela impressão de uma relação de filiação ou unidade, e não de superioridade ou contrariedade, em relação à Natureza - que jamais é representada como algo estranho ou completamente externo ao homem -, chegando-se à percepção de que “o Céu/a Natureza e a humanidade estão unidos através do Dao/Tao () [Caminho]” (天人一é“Tianren yidao/T’ien-jen i-tao [chinês]; Tenjin ichidõ [japonês]) ou à ideia da existência de  uma “unidade entre o Céu/Natureza (Cosmos) e a humanidade” (天人åˆä¸€Tianren heyi/T’ien-jen ho-i [chinês]; Tenjin gõitsu [japonês]). Essa atitude assemelha-se ao entendimento de mundo dos “poetas-xamãs” e dos vates de todos os tempos, e também guarda afinidades com a physiología (espécie de “filosofia da natureza”) mais antiga dos pensadores pré-socráticos. Idealizadas como possam ser, essas concepções diferem radicalmente daquelas que propõem uma visão da natureza como objetivável (passível de ser tomada como objeto), objetável, “selvagem”, descontrolada, e daí sujeita a distanciamento, confronto, “domesticação” e dominação.

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Publicado

2020-02-23

Cómo citar

Fernandes, E. (2020). Ideias Fundamentais Sobre a Natureza na China e no Japão. Revista Brasileña De Filosofía De La Religión, 5(2), 10–31. https://doi.org/10.26512/2358-82842018e29672

Número

Sección

Artigos (temática geral)