PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS DA BIOÉTICA BRASILEIRA A PARTIR DA TEORIA DE THOMAS KUHN

Autores

  • Aline Albuquerque Universidade de Brasília
  • Karin Villapouca Universidade de Brasília
  • Wilton Barroso Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Bioética. Epistemologia. Paradigma.

Resumo

O presente artigo faz uma reflexão epistemológica da bioética brasileira a partir de tendências fundamentadas na adequação de suas teorias ao contexto sócio-econômico e cultural do país. Destacam-se seis importantes vertentes, quais sejam: bioética da reflexão autônoma; bioética de intervenção; bioética da proteção; bioética da teologia da libertação; bioética feminista e anti-racista; e bioética crítica de inspiração feminista adaptada à realidade do país, para mostrar que o surgimento de uma comunidade científica de bioeticistas, nos termos da teoria de ciência de Thomas Kuhn, pode ser uma realidade no Brasil. Além disso, analisou-se o conteúdo da Carta de Brasília e apontou-se a ocorrência do Sexto Congresso Mundial de Bioética, realizado em Brasília no ano de 2002, como dados essenciais para indicar a existência de consensos entre os pesquisadores nacionais.

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Biografia do Autor

Aline Albuquerque, Universidade de Brasília

Cátedra UNESCO de Bioética, Distrito Federal, Brasil.

Karin Villapouca, Universidade de Brasília

Cátedra UNESCO de Bioética, Distrito Federal, Brasil.

Wilton Barroso, Universidade de Brasília

Cátedra UNESCO de Bioética, Distrito Federal, Brasil.

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Como Citar

Albuquerque, A., Villapouca, K., & Barroso, W. (2005). PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS DA BIOÉTICA BRASILEIRA A PARTIR DA TEORIA DE THOMAS KUHN. Revista Brasileira De Bioética, 1(4), 363–385. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/rbb/article/view/8091

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