Autonomia e seus limites na vida pública

Auteurs-es

  • Neiva De Marchi Rede Metropolitana de Saúde
  • Milton Ravagnani Centro Universitário Ingá
  • Daniel Catto De Marchi Santa Casa de Maringá

DOI :

https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26311

Mots-clés :

Dignidade. Autonomia. Corpo social.

Résumé

Com a evolução do pensamento moderno, cada dia mais se cristaliza o entendimento de que nenhum direito é absoluto, nem mesmo os personalíssimos. Quando observamos os direitos relativizados quanto à honra, à imagem, à informação, à liberdade e até à vida, não é possível imaginar uma autonomia que seja ilimitada. A questão é saber o que pode limitar a autonomia de alguém. A tradição Iluminista assevera que deva existir a separação entre os á‚mbitos público e privado, Estado e Igreja, no intuito de preservar e respeitar a diferença funcional do corpo social, imprescindível para o funcionamento adequado das sociedades complexas, dotadas de um pluralismo de interesses, valores e crenças. Nesse sentido, resta entendermos se a autodeterminação se insere na ideia de que todo ser humano deve decidir e deliberar sobre si mesmo, não relevando se sua conduta pareça justa ou boa, ou se não são passíveis de julgamento as razões que levam, levaram ou levarão uma pessoa a pensar ou agir de determinada forma. A dignidade do outro se apresenta como limitadora de nossa autonomia.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Neiva De Marchi, Rede Metropolitana de Saúde


Psicóloga. Doutora em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo/SP. Preceptora da Residência Médica na Rede Metropolitana de Saúde, Sarandi/Paraná. 

Milton Ravagnani, Centro Universitário Ingá


Advogado, jornalista, docente do Curso de Direito do Centro Universitário Ingá, Maringá/Paraná. 

Daniel Catto De Marchi, Santa Casa de Maringá


Médico, residente em clínica geral da Santa Casa de Maringá/Paraná. 

Références

GARRAFA, V.; PORTO, D. Intervention bioethics: a proposal for peripheral countries in a context of power and injustice. Bioethics, v. 17, n. 5-6, p. 399-416, 2003.

HORKHEIMER, M.; ADORNO, T. A indústria cultural: o iluminismo como mistificação de massas. In: LIMA, Luiz Costa. Teoria da cultura de massa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

SCHNEEWIND, J. B. A invenção da autonomia. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999.

SEGRE, Marco; SILVA, Franklin Leopoldo; SCHRAMM, Fermin Roland. O Contexto Histórico, Semá‚ntico e Filosófico do Princípio de Autonomia. Revista Bioética, v. 6, n. 1, 2009.

SEN, Amartya. Desigualdade Reexaminada. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Téléchargements

Publié-e

2019-04-12

Comment citer

Marchi, N. D., Ravagnani, M., & Marchi, D. C. D. (2019). Autonomia e seus limites na vida pública. Revista Brasileira De Bioética, 14(edsup), 165. https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26311

Numéro

Rubrique

Suplemento