A relacionalidade como fundamento da autonomia

Autores

  • Maria Schpallir Centro Universitário São Camilo
  • Márcio Anjos Centro Universitário São Camilo

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v14i0.14682

Palavras-chave:

autonomia, bioética, justiça, relacionalidade.

Resumo

O atual momento histórico tem sido o cenário em que se tem postulado uma autonomia plena, entendida na sociedade mercadológica de forma centralizada em interesses particulares excludentes. A moralidade dessa exaltação da autonomia nega a alteridade, na medida em que legitima a utilização do outro, transformando-o de sujeito em objeto. Entretanto, a autonomia, como entendida na filosofia moderna, cujo expoente foi Kant, é basicamente relacional. Relacionalidade é aqui entendida como a condição humana que se torna exigência ética na interação entre seres humanos. O trabalho propõe-se a verificar o alcance da relacionalidade para fundamentar a concepção ética de autonomia. Consiste em estudo bibliográfico hermenêutico argumentativo em torno da concepção kantiana de autonomia e da sua interpretação vigente nos atuais contextos, que a restringe aos indivíduos. Para tanto considera aspectos socioculturais, políticos e econoÌ‚micos, condicionantes de tal interpretação; contrapõe as exigências da relacionalidade implícitas na conceituação kantiana da autonomia; e conclui pela necessária inclusão das exigências da relacionalidade na concepção ética da autonomia, superando seu confinamento ao á‚mbito dos indivíduos.

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Biografia do Autor

Maria Schpallir, Centro Universitário São Camilo

São Paulo, SP, Brasil

Márcio Anjos, Centro Universitário São Camilo

São Paulo, SP, Brasil.

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Como Citar

Schpallir, M., & Anjos, M. (2018). A relacionalidade como fundamento da autonomia. Revista Brasileira De Bioética, 14, 1–16. https://doi.org/10.26512/rbb.v14i0.14682

Edição

Seção

Artigos Originais