Diagnóstico sócio-econômico, produtivo e ambiental dos agroecossistemas na microbacia hidrográfica do rio Pirapora - município de Piedade/SP

Autores

  • Fernando Schneider Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de São Carlos - Campus de Araras
  • Manoel Baltasar Baptista da Costa Universidade Federal de São Carlos, campus de Araras.

DOI:

https://doi.org/10.33240/rba.v8i1.49498

Palavras-chave:

Microbacia, Agroecossistema, Município de Piedade, Manejo de recursos naturais, Agricultura Familiar

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo realizar o diagnostico de 25 agroecossistemas localizados na microbacia do rio Pirapora, no município de Piedade, estado de São Paulo, focalizando particularmente as práticas de manejo adotadas. As implicações socioeconômicas, produtivas e ambientais dessas práticas foram analisadas e contextualizadas no cenário da agricultura do estado de São Paulo. O foco na microbacia , afora os seus aspectos legais, traduz a sua importância como unidade geográfica prioritária para ações integradas de planejamento, gestão, conservação e manejo dos recursos naturais. Na realização deste estudo buscou-se definir os indicadores que reflitam a complexidade do manejo dos agroecossistemas, com base no método MESMIS; assim como na experiência metodológica sistematizada pelo Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, em enfoque sistêmico. Os principais resultados sistematizados decorrentes deste trabalho foram: a) a significativa presença de agricultores familiares na região; b) a incompatibilidade das técnicas de manejo dos agroecossistemas, em vista das características ambientais e pedológicas da região; c) a fragilidade na organização entre os agricultores; d) o estreito mercado de venda da produção, este restrito ao atravessador; e) a grande dependência de insumos externos ao sistema decorrente do padrão tecnológico da agricultura convencional; f) o emprego de agrotóxicos proibidos; g) o comprometimento da qualidade dos recursos hídricos; h) a inexistência de saneamento básico e i) o comprometimento da saúde pública j) baixa adoção de medidas de conservação e manejo de solo. Tais fatores diagnosticados sinalizam que o modelo de agricultura atualmente praticado pelos agricultores na região está comprometendo a sustentabilidade dos agroecossistemas em decorrência da degradação dos recursos naturais e, conseqüentemente, colocando em risco a própria atividade agrícola na microbacia.

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Publicado

2013-04-27

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