Estratégias de polidez no gênero carta de leitor no contexto de português brasileiro como língua adicional

Auteurs-es

Mots-clés :

estratégias de polidez. carta de leitor. ensino de português brasileiro como língua adicional.

Résumé

Este trabalho visa a investigar como um estudante inscrito no nível intermediário do curso de Por-tuguês para Estrangeiros da Universidade de Brasília realiza ajustes linguístico-discursivos concer-nentes ao emprego de estratégias de polidez no gênero carta de leitor. Para tanto, esta investigação, afiliada aos estudos da sociolinguística interacional e da pragmática (intercultural), se vale tanto do conceito de face e da teoria de polidez quanto da noção de gêneros textuais. Após realizarmos nossas ações metodológicas (leitura e análise da carta de leitor; e produção desse gênero), constatamos que o colaborador de pesquisa fez uso adequado das estratégias de polidez, em consonância com as con-venções socioculturais brasileiras, visto que, de modo geral, equalizaram-se sinceridade (necessária para a crítica) e polidez (necessária para o zelo à imagem social).

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Professor adjunto da Universidade de Brasília, graduado em Letras (habilitação Português do Brasil como Segunda Língua), curso oferecido pela Universidade de Brasília, assim como mestre e doutor em Linguística pela mesma instituição.

Graduanda do curso de Letras (habilitação Português do Bra-sil como Segunda Língua), oferecido pela Universidade de Brasília.

Références

Albuquerque, R. 2015. Um estudo de polidez no contexto de L2: estratégias de modalização de atos impositivos por falantes de espanhol. 2015. 372 f. Tese (Doutorado em Linguística) ”“ Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade de Brasília, Brasília.

Albuquerque, R. 2016. O olhar como estratégia de polidez entre duas estudantes de português brasileiro como língua adicional. Revista Letra Capital 1, 2: 53-71.

Albuquerque, R. 2017a. A cortesia linguística no contexto de ensino de português brasileiro como língua adicional: a modalização de pedidos por um estudante dominicano. Letra Magna13, 20: 1-16.

Albuquerque, R. 2017b. A noção de gêneros textuais no ensino de português brasileiro como língua adicional (PBLA): por uma prática centrada na cena genérica. Em F. C. O. Silva e M. M. O. Vilarinho (eds.). O que a distância revela: Diálogos em Português Brasileiro como Língua Adicional. pp. 169-193. Brasília: UAB.

Antunes, I. 2002. Língua, gêneros textuais e ensino: considerações teóricas e implicações pedagó-gicas. Perspectiva 20, 1: 65-76.

Antunes, I. 2009. Textualidade e gêneros textuais: referência para o ensino de línguas. Em I. An-tunes. Língua, texto e ensino outra escola possível. pp. 49-73. São Paulo: Parábola.

Antunes, I. 2016. Práticas pedagógicas para o desenvolvimento das competências em escrita. En F. A. Coelho y R. Palomanes. (eds.). Ensino de produção textual. pp. 9-21. São Paulo: Contexto.

Bakhtin, M. 2010 [1992]. Os gêneros do discurso. Em M. Bakhtin. Estética da Criação Verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 5. ed. pp. 261-306. São Paulo: Martins Fontes.

Bazerman, C. 2011. Atos de fala, gêneros textuais e sistemas de atividades: como os textos or-ganizam atividades e pessoas. Tradução e adaptação de Judith Chambliss Hoffnagel. Em A. P. Dionísio y J. C. Hoffnagel (eds.). Gêneros Textuais, Tipificação e Interação. 4. ed. pp. 19-48. São Paulo: Cortez.

Bazerman, C. 2015. Teoria da ação letrada. Tradução e adaptação de Milton Camargo Mota et al. São Paulo: Parábola.

Bezerra, B. G. 2017. Gêneros no contexto brasileiro: questões [meta]teóricas e conceituais. São Paulo: Parábola.Bezerra, M. A. 2010. Por que cartas do leitor na sala de aula? Em A. P. Dionísio; A. R. Machado y M. A. Bezerra (eds.). Gêneros textuais e ensino. pp. 225-234. São Paulo: Parábola.

Blum-Kulka, S. 1987. Indirectness and politeness in requests: same or different? Journal of Pragmatics 11: 131-46.

Brasil. 2012. [Disponível na internet em www.ufrgs.br/acervocelpebras/arquivos/manuais/manual-do-examinando-versao-eletronica-simplificada-2012-2/view].

Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros: Manual do Examinando (versão eletrônica simplificada). [Consulta: 18 de abril de 2017].

Bravo, D. 2004a. Panorámica breve acerca del marco teórico y metodológico. Em D. Bravo y A. Briz. (eds.). Pragmática Sociocultural: estudios sobre el discurso de cortesía en español. pp. 5-11. Espanha: Ariel Linguística.

Bravo, D. 2004b. Tensión entre universalidad y relatividad en las teorias de la cortesía. Em D. Bravo y A. Briz. (eds.). Pragmática Sociocultural: estudios sobre el discurso de cortesía en español. pp. 15-37. España: Ariel Linguística.

Briz, A. 2004. Cortesía verbal codificada y cortesía verbal interpretada en la conversación. Em D. Bravo y A. Briz. (eds.). Pragmática Sociocultural: estudios sobre el discurso de cortesía en español. pp. 67-93. España: Ariel Linguística.

Briz, A. 2008. [Disponnível na internet em cvc.cervantes.es]. Atenuación y cortesía verbal en la conversación coloquial: su tratamiento en la clase de ELE. Universidad de Valencia. [Consulta: 14 de março de 2017.

Bronckart, J. P. 1994. Action, langage et discours. Bulletin Suisse de Linguistique Appliquée59: 7-64.

Bronckart, J. P. 2003 [1996]. Gêneros textuais, tipos de discursos e operações psicolinguísticas. Rev. Est. Ling. 11, 1: 49-69.

Bronckart, J. P. 2005. Restrições e liberdades textuais, inserção social e cidadania. Tradução de Anna Rachel Machado. Rev. Anpoll 19: 231-56.

Bronckart, J. P. 2006. Atividades de linguagem, discurso e desenvolvimento humano. Campinas: Mercado de Letras.

Bronckart, J. P. 2007 [1999]. Atividades de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. 2. ed. São Paulo: EDUC.

Bronckart, J. P. 2008. O agir nos discursos: das concepções teóricas à s concepções dos trabalhadores. Campinas: Mercado de Letras.

Bronckart, J. P. e Clemence, A. e Schneuwly, B. e Schurmans, M. N. 1996. Manifesto: Re-formatando as humanidades e as ciências sociais, uma perspectiva vygostkiana. Revista Brasileira de Educação 3: 64-74.

Brown, P. e Levinson, S. 1987. Politeness: some universals in language usage. Cambridge: Cambri-dge University Press.

Costa, S. D. 2005. Cartas de leitores: gênero discursivo porta-voz de queixa, crítica e denúncia no jornal O Dia. Soletras 5, 10: 28-41.

Chizzotti, A. 2003. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação 16, 2: 221-236.

Espíndola, L. C. 2002. Gêneros discursivos e as marcas de argumentação. 5º encontro do CELSUL: programa e resumos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná.

Faraco, C. A. 2009. A filosofia da linguagem. Em C. A. Faraco. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. pp. 99-157. São Paulo: Parábola.

Fiorin, J. L. 2016. Os gêneros do discurso. Em J. L. Fiorin. Introdução ao pensamento de Bakhtin. pp. 67-83. São Paulo: Contexto.

Flick, U. 2004. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Sandra Netz. Porto Ale-gre: Bookman.Flick, U. 2009a. Qualidade na pesquisa qualitativa. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed.Flick, U. 2009b. Desenho da pesquisa qualitativa. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed.Fraser, B. 1980. Conversational mitigation. Journal of Pragmatics 4, 4: 341-50.

Gill, R. 2002. Análise de discurso. Em M. W. Bauer y G. Gaskell. Pesquisa Qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. 5. ed. pp. 244-270. Rio de Janeiro: Vozes.

Goffman, E. 1963. Behavior in Public Places. New York: Free Press of Glencoe.

Goffman, E. 1967. Interaction Ritual: essays on face-to-face behavior. UK: Penguin University Books.

Kerbrat-Orecchioni, C. 2004. ¿Es universal la cortesía? Em D. Bravo y A. Briz. (eds.). Pragmática Sociocultural: estudios sobre el discurso de cortesía en español. pp. 39-53. España: Ariel Linguística.

Koch, I. V.; Elias, V. M. 2012. Escrita e práticas comunicativas. Em I. V. Koch y V. M. Elias. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2. ed. pp. 53-74. São Paulo: Contexto.

Lakoff, R. T. 1973. The logic of politeness; or, minding your p’s and q’s. In: CORUM, C. et al. (Eds.). Papers from the Ninth Regional Meeting of the Chicago Linguistic Society: 292-305.

Lakoff, R. T. 1977. What You Can Do with Words: Politeness, Pragmatics, and Performatives. Em A. Rogers; B. Wall y J. P. Murpy (eds.). Proceedings of the Texas conference on performatives, presuppo-sitions, and implicatures. Arlington, Va.: Center for Applied Linguistics.

Leech, G. 1983. Principles of Pragmatics. London: Longman.Leech, G. 2005. Politeness: Is there an East-West Divide? Journal of Foreign Languages 6: 1-30.

Leech, G. 2014. The Pragmatics of Politeness. Oxford: Oxford University Press.Marcuschi, L. A. 2004-5. O papel da atividade discursiva no exercício do controle social. Cadernos de Linguagem e Sociedade 7: 7-33.

Marcuschi, L. A. 2007. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio de Janeiro: Lucerna.

Marcuschi, L. A. 2010. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Em A. P. Dionísio; A. R. Machado y M. A. Bezerra. Gêneros textuais & ensino. pp. 19-38. São Paulo: Parábola.

Marcuschi, L. A. 2011. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. Em A. M. Karwoski; B. Gaydeczka y K. S. Brito. Gêneros textuais: reflexões e ensino. pp. 17-31. São Paulo: Parábola.

Meier, A. J. 1995. Passages of politeness. Journal of Pragmatics 24, 4: 381-92.Miller, C. R. 1984. Genre as social action. Quartely Journal of Speech 70: 151-67.

Miller, C. R. 2015. Genre as Social Action (1984), Revisited 30 Years Later (2014). Letras & Letras 31, 3: 56-72.

Nikishina, E. A. 2013. [Disponível na internet em www.hse.ru/mirror/pubs/lib/data/access/ram/ticket/74/1495745396733dd3e260131ba48e93e30e5ab54a53/06LNG2013.pdf ]. Properties of the addressee in the speech genre “reader’s letter to the newspaper”. Basic Research Program Working Papers. Series: Linguistics. [Consulta: 25 de maio de 2017].

Téléchargements

Publié-e

2020-10-19

Comment citer

Rodrigo, & Amanda de Oliveira. (2020). Estratégias de polidez no gênero carta de leitor no contexto de português brasileiro como língua adicional. Revista Latinoamericana De Estudios Del Discurso, 18(2), 110–127. Consulté à l’adresse https://periodicos.unb.br/index.php/raled/article/view/33174

Articles similaires

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.